Prosseguem em ritmo acelerado e com a participação de policiais civis e militares, as investigações em torno do assassinato da adolescente Dayana Cordeiro de Souza, 16 anos, filha do subcomandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar, major Sérgio Cordeiro de Souza. A garota foi executada com cinco tiros, às 20h30 de sexta-feira, tão logo saiu de casa, no Pinheirinho, para encontrar com amigos. Ontem à noite, a Delegacia de Homicídios, responsável pelo inquérito, informou que já existem dois suspeitos identificados, porém não forneceu detalhes. De acordo com o delegado Adonai Armstrong, titular da especializada, o assassinato teria relação com uma possível desavença do namorado da jovem com integrantes de uma turma do Sítio Cercado, bairro vizinho.

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Após analisar uma série de hipóteses, inclusive a de vingança contra o pai de Dayana, que é tido como um policial rigoroso e atuante, a polícia descartou todas elas, concentrando-se nas informações sobre o desentendimento do namorado da garota com os rivais do outro bairro. Inclusive, segundo testemunhas, os tiros de pistola calibre 380 que atingiram a adolescente, foram disparados por três garotos que estavam de bicicleta e a perseguiram pela rua. Ela foi atacada quando passava em frente à Igreja Rainha dos Apóstolos, na Rua João Malta de Albuquerque Maranhão, próximo de sua residência.

O próprio pai prestou socorro a Dayana, levando-a para o Hospital do Trabalhador, mas a jovem não resistiu.

Ainda hoje o namorado deverá ser ouvido na Delegacia de Homicídios, assim como familiares da menina morta, para que novos fatos sejam apurados e contribuam com as diligências. Uma fonte da Polícia Militar também informou que são esperadas para hoje novidades sobre o caso e possivelmente a detenção dos suspeitos.

Mensagem

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Na noite do crime, enquanto a Rádio Banda B apresentava seu programa de notícias, o apresentador Djalma Malaquias recebeu uma mensagem pelo celular, assinada como "um morador do bairro", que dizia:

"O namorado sabe da bronca.

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É crime de vingança".

A informação foi valiosa e sustentou as primeiras diligências.

Outras pessoas que conheciam a vítima e o namorado dela, também comentaram com jornalistas que o rapaz poderia ser o ponto de partida para o esclarecimento do caso.

Segunda tragédia que abate o 13.º BPM

Em 28 de janeiro do ano passado, o então comandante do 13.º Batalhão da Polícia Militar (com sede no Novo Mundo), major Pedro Plocharski, foi assassinado com vários tiros, numa tocaia, quando se deslocava para casa, após o trabalho, dirigindo seu Fusca. Plocharski, que recebeu promoção "post mortem" e passou a tenente-coronel, investigava o envolvimento de policiais do próprio batalhão com o crime organizado. Sua morte, segundo a polícia, foi uma "queima de arquivo", já que ele estava chegando próximo de identificar os envolvidos. Um dos suspeitos de comandar a execução seria o ex-tenente Alberto da Silva Santos, que estava recolhido na Colônia Penal Agrícola (CPA), em Piraquara, na época dos fatos.

O 13.º Batalhão de Polícia Militar, responsável pelo policiamento de 48% da área da Curitiba, o que corresponde a mais de 800 mil habitantes, completou no sábado 38 anos de existência. Criado em 24 de junho de 1968, como Corpo de Policiamento Rádio Motorizado (CPRM), hoje é denominado Batalhão Tenente-coronel Pedro Plocharski, em homenagem ao oficial morto no cumprimento do dever.