As primeiras testemunhas sobre a morte do ex-policial militar e eletricista Luís Gilmar Batista de Oliveira, 42 anos, começaram a ser ouvidas ontem na Delegacia de Homicídios. Ele foi executado com quatro tiros no portão de sua residência na Rua Carlos de Laet, Boqueirão, às 20h20 de quarta-feira. Ainda não foi apurado o motivo da morte do ex-PM mas a ficha criminal dele já aponta alguns indícios. De acordo com o superintendente da DH, Neimir Cristovão, a vítima cometeu um homicídio em 1988 e há oito meses teve passagem pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Na ocasião, o carro que estava com Luís era furtado e tinha documentos falsos. Ele foi autuado por receptação e usurpação de função pública.
Diante dessas informações, uma das hipóteses levantadas é de que o eletricista tenha sido morto devido a um desacerto, uma negociação mal-resolvida em relação a carros.
Na casa da vítima, no dia do crime, estavam parados dois veículos – um Astra e um Pálio – que deverão ser periciados. “Vamos averiguar a situação dos veículos. Quem sabe seja um ponto de partida para nossas investigações”, disse o policial.
Na localidade algumas pessoas comentaram que a vítima comercializava automóveis.
Crime
Luís estava jantando acompanhado por familiares quando ouviu vozes do lado de fora da casa chamado-o pelo apelido – “Carneiro”. Ele foi até o portão da casa e após uma rápida conversa com três homens vários tiros foram ouvidos. A vítima foi atingida por três balas no peito e uma no pescoço. Em seguida, os autores fugiram correndo e entraram em um veículo – provavelmente um Chevette marrom – na esquina da Rua Joanita Bernett Passos. O eletricista chegou a ser socorrido pelo Siate mas não resistiu.