Investigações sobre morte de pró-reitora ainda estão indefinidas

Investigações feitas pela Delegacia de Homicídios sobre o assassinato da pró-reitora de pesquisa e pós graduação da Universidade Federal do Paraná, Maria Benigna Martinelli de Oliveira, 53 anos, indica que ela percebeu que seria alvo de assaltantes. Entretanto, ainda não há pistas dos assassinos e a principal dificuldade enfrentada é definir qual delegacia irá investigar o caso.

Para o delegado Rubens Recalcatti, da delegacia de Furtos e Roubos, não há nada que confirme que houve latrocínio (roubo com morte), uma vez que nenhum pertence da vítima foi levado. Portanto, ele acredita que as investigações devam ser feitas pela Delegacia de Homicídios (DH). Já para o delegado Jaime da Luz, da DH, apesar do roubo não ter se consumado, a professora foi morta por conta do dinheiro que levava na bolsa. Isto é, foi uma tentativa de assalto que culminou em morte. Enquanto não se decide a competência do caso, investigadores da DH estão fazendo as primeiras diligências.

Segundo o delegado Jaime, provavelmente alguém viu quando a pró-reitora sacou R$ 4 mil no caixa do banco Itaú. Entretanto, não há câmeras de circuito interno de TV na agência, o que poderia auxiliar a polícia a identificar o marginal. ?Ela percebeu que era seguida por dois homens em uma motocicleta e foi para casa. Quando chegou, encontrou o portão aberto. Assim que desceu do carro correu para a porta, tentando entrar na casa. Não deu tempo. Ela chegou a gritar por socorro, mas foi baleada antes que alguém fosse ajudá-la. Um dos marginais a seguiu e a abordou na porta da residência?, contou o delegado Jaime Luz.

Para o policial, o tiro pode ter sido acidental. Enquanto um bandido esperava na moto, o outro desceu e deu voz de assalto. Ele teria encostado a arma na barriga da professora e pode ter disparado sem querer. Assustado, fugiu sem levar nada?, suspeita Jaime.

Maria Benigna foi levada para o hospital consciente e preocupada com sua bolsa, o que indica que ela pode ter se recusado a entregá-la ao bandido. Câmeras de segurança da casa de vizinhos filmaram a movimentação dos criminosos chegando e deixado a residência, mas as imagens não permitem identificar os assaltantes ou a placa da moto que eles usavam.

O crime aconteceu na tarde de sexta-feira, no Jardim Social.

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