O treinamento do novo grupo que irá trabalhar na Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que terminou ontem, teve um intruso. Thiago dos Santos, 28 anos, se passou por soldado do Exército, especializado em operações táticas, e se ofereceu para ser instrutor. Até participou alguns dias do curso, porém, quando teve a identidade e suas habilidades verificadas, foi preso por falsidade ideológica.

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Segundo explicou o delegado Cristiano Quintas, coordenador do SO, o curso foi ministrado pelo grupo Tigre (referência em casos de sequestro), na Escola Superior de Polícia Civil (ESPC). Thiago se apresentou como especialista em áreas tática operacionais de alto desempenho e se colocou á disposição para passar conhecimento ao policiais.

De acordo com Quintas, o rapaz acompanhou alguns dias do curso e deu entrevista a um canal de televisão. Até que os policiais do Tigre descobriram que foi soldado do Exército, na região de fronteira no Amazonas, mas estava desligado desde 2011, e não poderia usar farda das Forças Armadas. Sem contar que não tinha toda a especialização que alegou ter.

“Audacioso, de tentar fazer isto dentro de uma escola de polícia. O valor da hora/aula paga a um instrutor deste tipo de curso é irrisória. Não sabemos qual era o objetivo dele, se era para conseguir algum benefício futuro, mostrando isso no currículo e ganhar alguma coisa ministrando cursos, ou se era pura cara de pau e ostentação”, disse o delegado.

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Thiago foi autuado por falsidade ideológica e também pelo uso de uniforme e insígnia de uma corporação que não faz mais parte. Ele também tinha um antecedente criminal por roubo, de 2008, mas da qual ainda não houve julgamento.

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