Instinto policial fala mais alto

No dia em que completou um ano de ingresso na Polícia Militar, um jovem soldado de 26 anos, lotado no 12.º BPM, cometeu um ato de bravura que impressionou até mesmo os mais antigos colegas de farda. Depois de sair do serviço, o policial, que prefere não ter seu nome divulgado, estava junto com a esposa, grávida de cinco meses, quando presenciou um seqüestro-relâmpago. O dever falou mais alto e mesmo colocando em risco a vida da mulher, o soldado não se omitiu e perseguiu os marginais. Houve confronto armado e, sozinho, o policial, que nunca trocou tiros com bandidos, matou dois, dos três criminosos. Foram recuperados o malote com R$ 15 mil roubados e as armas (três revólveres calibre 38) dos assaltantes. Ele, a esposa e o refém saíram ilesos do confronto armado.

Depois de trabalhar durante toda a madrugada, o soldado foi para casa e, ainda de farda e sem dormir, seguiu com a mulher para o hospital onde fizeram a ecografia da primeira filha do casal. Quando voltavam, por volta das 13h30, eles foram abordados por populares que apontaram o veículo ocupado por três marginais que tinham acabado de render um empresário no estacionamento de um banco na Rua João Betega, no Portão, em Curitiba. Ao volante de seu carro particular, o soldado teve que tomar uma das decisões mais difíceis de sua vida. ?Não tive tempo para pensar. Fiquei entre a cruz e a espada, mas resolvi seguir meu instinto policial?, disse o soldado, que junto com a esposa passou a acompanhar o carro dos bandidos.

Confronto

Quando chegaram na Rua Itacolomi, também no Portão, os marginais reduziram a marcha e diminuíram a velocidade, momento que a vítima aproveitou para se jogar do carro. ?Quando vi que a vítima estava fora de perigo disse para minha mulher se abaixar e ligar para pedir apoio. Deixei ela no carro e saí correndo atrás dos marginais?, contou o soldado.

A poucos metros de distância, o trio começou a atirar contra o policial, que revidou e baleou dois deles. O terceiro criminoso conseguiu escapar, mas jogou a arma que portava, no chão.

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