O governador Roberto Requião anunciou, nesta segunda-feira (25) que espera para no máximo 10 dias a conclusão da investigação sobre a rebelião na Penitenciária Central do Estado, em Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba. O motim, nos dias 14 e 15, deixou seis detentos mortos.
“O inquérito para verificar a responsabilidade do sindicato dos agentes e de alguns funcionários públicos na tragédia da rebelião continua. Espero notícias dentro de, no máximo, 10 dias. Então, saberemos exatamente o que houve”, afirmou Requião.
O confronto entre presos de facções rivais é apontado como o principal motivo da rebelião, e pode ter sido facilitado. Segundo dados da Secretaria da Justiça, existem 14 mil presos nas penitenciárias estaduais e 3.359 agentes penitenciários.
O motim começou na noite de quinta-feira (14), depois que os presos entraram em confronto e fizeram três agentes penitenciários reféns. Dos cerca de 1.500 detentos da PCE, aproximadamente 1.200 se envolveram, de alguma forma, no conflito. A Polícia Militar pôs fim à rebelião por volta das 16h de sexta-feira (15), quando os presos se renderam e libertaram os reféns.
A exigência para a rendição dos presos e a libertação dos agentes penitenciários foi a confirmação de que alguns detentos, que moram em outros Estados, possam ser transferidos para penitenciárias mais próximas de suas residências, o que ficará a critério do juiz corregedor dos presídios. Os presos começaram a se entregar, por volta 15h, depois de negociação com a polícia.