Inquérito fica seis meses parado na Justiça

O inquérito policial instaurado pela delegacia de Pontal do Paraná, para apurar improbidade administrativa na Câmara de Vereadores do município, ficou seis meses parado no Fórum de Matinhos. O motivo é o excesso de trabalho, de acordo com o Ministério Público, sendo que até ontem havia mais de mil processos para uma única promotora analisar. Na próxima quinta-feira o inquérito, instaurado em 25 de agosto do ano passado, deve retornar à delegacia, para que a polícia investigue a denúncia.

De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério Público, a promotoria está preparando uma manifestação pedindo mais investigações. E o motivo da demora é que há mil inquéritos para serem analisados pela promotora Lucila Maria Sales Araújo de Macedo, que é substituta.

No dia 25 de agosto, o delegado de Pontal do Paraná, Guaraci Joarez Abreu, instaurou um inquérito com base em uma notícia publicada em um jornal local, de que a presidência da Câmara Municipal teria emitido cheques sem fundos, para pagar despesas, que não foram esclarecidas. Em seu relatório o delegado ressalta que há outras irregularidades, como pagamentos antecipados a vereador e outras despesas, que teriam gerado o descontrole econômico do município.

Na seqüência, o delegado solicitou à agência do banco onde a Câmara mantém conta corrente, para informar a movimentação dos últimos 60 dias, com base na Lei de Responsabilidade Fiscal e Crime contra o Patrimônio. Foram juntadas no inquérito e enviadas para a Câmara de Vereadores cópias de três cheques, nos valores de R$ 2.500,00, R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00.

No dia 1.º de outubro do ano passado, o delegado enviou para o Fórum todos os relatórios e as cópias dos cheques, pedindo que fosse solicitado o extrato da conta corrente da mulher de um vereador e argumentando a gravidade da denúncia. No dia seguinte, o inquérito foi encaminhado ao MP.

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