O julgamento de Orlando Carlos Genol da Rocha, 53 anos, acusado de matar a esposa e funcionária pública Ane Mari Gubert, 52, seguiu pela madrugada de hoje e teve momentos de tensão. A mulher foi morta a tiro durante briga entre o casal no apartamento em que moravam, em setembro de 2010, no Água Verde.

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As duas famílias dividiram as cadeiras do Tribunal do Júri na tarde de ontem. O resultado do júri, que saiu somente hoje (25) acabou inocentando o réu.

Parentes de Ane estampavam em camisetas a foto da vítima e os de Orlando a frase “somos inocentes, acreditamos na justiça”. Os ânimos se exaltaram em determinados momentos do julgamento. O filho da vítima precisou sair do plenário, por não aguentar a dor. O rapaz se exaltou. Em alguns momentos, o juiz Leonardo Bechara Stancioli pedia que familiares se acalmassem ou saíssem do local para evitar tumulto.

Casal

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Ane foi morta depois de discussão do casal, que se conheceu enquanto trabalhava no Teatro Guaíra. Na época, Orlando alegou que o disparo foi acidental, mas foi preso em flagrante, depois que a polícia encontrou o corpo da vítima com um tiro na nuca. Por ser réu primário, a defesa pediu habeas corpus e ele passou a responder pelo crime em liberdade, morando no mesmo apartamento onde o crime aconteceu.

Segundo familiares, no dia do assassinato, Orlando ligou primeiro para o advogado e depois para uma pessoa da família da esposa e disse que ela tinha se matado. De acordo com a perícia feita pelo médico-legista, o tiro foi disparado de cima para baixo, o que tirava a possibilidade de suicídio.

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A defesa sustentou que o disparo foi acidental. Apesar disso, a família praticamente descarta a hipótese, pois afirma que a mulher tinha problemas com o marido por causa de relacionamentos extraconjugais que ele mantinha. “Ela sempre estava com marcas de machucados nos braços e pernas, mas nunca nos dizia a verdade. Depois que o crime aconteceu encontramos um diário em que ela relatava as agressões que sofria”, contou Anelize Gubert, sobrinha da vítima.