O Instituto Médico-Legal de Curitiba (IML), palco de recentes escândalos envolvendo funcionários e funerárias da capital, mais uma vez precisou afastar dois de seus servidores, suspeitos de participar de um esquema de corrupção com funerárias.

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Os nomes deles não serão divulgados, até que investigações do Núcleo de Repressão aos Crimes Econômicos – que já investiga os outros casos – confirme a atuação da dupla.

Os afastamentos ocorreram sexta-feira, depois de denúncia de que os funcionários estariam recebendo propina para indicar funerárias aos familiares de mortos.

A indicação fere uma lei municipal, que obriga as funerárias da capital a passarem por um rodízio, para realizar sepultamentos. O delegado Robson Barreto, coordenador estadual do Nurce, deve instaurar inquérito hoje para investigar também se há outros funcionários envolvidos.

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a semana passada, uma família denunciou a um jornal da capital, que levou sete meses para conseguir liberar um corpo no IML e sepultá-lo, devido a erros de informações, de registro e outros fatos ainda não devidamente explicados.

Escândalos

No início de março de 2008, os motoristas Paulo Marcos Tissot, 36 anos, e Marcos José Camargo, 31, foram presos em flagrante no pátio do órgão, cobrando R$ 600,00 de uma família para encaminhar o corpo de uma senhora a uma determinada funerária de Curitiba.

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Em 14 de abril, o papiloscopista João Alcione Cavalli foi preso, acusado de vender um cadáver ainda sem identificação, para ajudar uma família a dar golpe numa seguradora dos Estados Unidos. Assim que o seguro fosse liberado, Cavalli receberia R$ 30 mil por ajudar no serviço.

Cavalli também foi acusado de identificar um indigente como sendo Odilon Lopes, para que a filha do suposto “morto”, Ana Paula Lessin Lopes e o agenciador Cláudio Lopes recebessem o seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores Terrestres (DPVAT).

O mesmo servidor ainda aparece em outro inquérito junto com o dono da funerária Luto Metropolitana, Paulo Sérgio Buchoski. O empresário é acusado de pagar propina ao papiloscopista, para que influenciasse familiares de mortos a utilizarem os serviços da funerária.

O quinto escândalo do IML, ano passado, envolveu a médica legista Lubomira Veronika Oliva, presa acusada de tomar posse de órgãos retirados de cadáveres, sem a devida autorização.

Advogados da médica explicaram que ela fazia as retiradas sem saber que estava cometendo um crime. Os órgãos eram levados à Universidade Federal do Paraná, onde ela também atuava dando aulas, para uso em estudos.