O diretor do Instituto Médico-Legal, Hélio Bonetto, informou ontem que já encaminhou ao juiz da 2.ª Vara Criminal, Ronaldo Sansoni Guerra, o resultado do segundo laudo de necropsia solicitado pela Justiça, para apurar a causa da morte do bebê de sete dias – filho de Nilson Moacir Oliveira Cordeiro, 33 anos, e Any Paula Fasollin, 29, que estão presos. O documento deverá ser anexado ao processo, assim como o parecer feito por especialistas a pedido da defesa, que apontam uma doença rara como o motivo da morte da criança.
Bonetto não comentou o resultado da nova autópsia, porém, o promotor Licíneo Correa de Souza já adiantou que mesmo que o laudo seja inconclusivo ele se valerá da primeira autópsia feita pelo IML. Para o promotor, o parecer elaborado por especialistas, através de fotografias retiradas horas antes da morte do bebê, não tem valor judicial. No primeiro laudo, os legistas afirmaram que a criança sofreu violência sexual, o que teria provocado uma infecção generalizada, resultando no óbito. A possibilidade do segundo laudo ser inconclusivo foi levantada pelo fato de o bebê estar há 90 dias na geladeira do IML, e conseqüentemente em estado avançado de decomposição.
Os advogados de defesa, Nilton Ribeiro de Souza e Luciano Nei Cesconetto, ainda não foram informados sobre o resultado do novo laudo. Eles também aguardam a resposta do juiz quanto ao pedido de liberdade provisória do casal, feito na semana passada.