Imagens podem ajudar na identificação de assassino de publicitário

As imagens das câmeras de segurança instaladas no trajeto percorrido por Francisco dos Santos Neto, 22 anos, assassinado na madrugada de terça-feira, mostram o carro do filho do ex-prefeito de Matinhos sendo perseguido por uma motocicleta com apenas um ocupante. De capacete, o motoqueiro segue o Honda Civic conduzido pela vítima por algumas quadras e, logo em seguida, surge um clarão.

O jovem, que era publicitário e sócio de uma importadora, foi assassinado com um tiro na cabeça, na Rua Ângelo Sampaio, quase esquina com Avenida Getúlio Vargas, quando voltava para casa depois de ir a uma lanchonete no Batel com os amigos. Baleado, Francisco bateu o carro numa árvore.

As investigações estão a cargo do delegado Alexandre Bonzatto, da Delegacia de Homicídios. Ontem pela manhã, a delegada Vanessa Alice, titular da especializada, se pronunciou sobre o conteúdo das imagens captadas por câmeras instaladas em estabelecimentos comerciais e edifícios residenciais na região do Batel e Água Verde e informou que as cenas ainda não podem ser divulgadas.

As câmeras captaram o momento em que o carro do publicitário cruza com a moto do suspeito que passa a persegui-lo e emparelha com o Honda. As imagens também mostram uma pessoa que passava pelo local após o acidente.

Segundo ela, o fato de o motoqueiro estar sozinho aumenta a hipótese de execução e afasta a suspeita de tentativa de assalto, que ainda não está descartada.

Conforme lembrou a delegada, pela entrada da bala na cabeça da vítima, o tiro foi disparado de cima para baixo, o que pode indicar que outra pessoa disparou. “O clarão visto logo depois que a moto emparelha com o carro pode ser do momento do tiro ou a batida do Honda”, comentou a delegada.

Moto esportiva

A polícia agora trabalha para identificar a motocicleta usada pelo suspeito. Pelas cenas é possível perceber que se trata de uma moto escura, modelo esportivo com baú. O condutor aparenta ser uma pessoa alta. “Não podemos afirmar que o motoqueiro foi quem disparou”, disse a delegada.

Os amigos de Francisco, conforme informou a delegada, já foram ouvidos e relataram que não houve desentendimento quando o rapaz estava na lanchonete, porém a hipótese de briga de trânsito ainda é levada em conta pelas investigações.

“Ouvimos funcionários do estabelecimento que confirmaram a versão. Os amigos disseram que ele não tinha inimizades e não vinha sendo ameaçado. Agora vamos tomar o depoimento de parentes do rapaz”, disse.

A polícia também ouviu os sócios de Francisco na importadora e praticamente descartou que o crime foi motivado por desentendimento comercial ou até mesmo passional.

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