Um incêndio destruiu totalmente uma residência, na Rua João Evangelista Espíndola, quase esquina com a Rua Fagundes Varella, no Hugo Langue, em Curitiba, às 15h30 de ontem. O engenheiro aposentado José Lupion Júnior, 79 anos, que tinha dificuldades de locomoção, morreu carbonizado. José era primo do deputado federal Abelardo Lupion e pai do presidente do Instituto Curitiba de Saúde (ICS), José Lupion Neto.
José Viana, vizinho da vítima, contou que estava em casa quando ouviu um estrondo e a sua residência de madeira estremeceu. Ele saiu para ver o que havia acontecido e viu as labaredas saindo do telhado da casa de Lupion. O Corpo de Bombeiros foi acionado e chegou no local em seguida, mas como a parte interna da moradia era de madeira, as chamas consumiram-na rapidamente. ?Os bombeiros tentaram entrar pelo telhado da casa para salvar o senhor José, mas o telhado desabou. Acho que caiu em cima dele?, contou Viana. ?Pelo barulho, acredito que explodiu o botijão de gás?, suspeita o rapaz. Mas as causas do incêndio só serão apuradas pela Polícia Científica, que deverá emitir o laudo em 30 dias.
Por pouco as chamas não atingiram a residência do lado esquerdo, já que, quando os bombeiros chegaram, as chamas já estavam invadindo o beiral da casa. Foram necessários 15 homens e 20 mil litros de água para controlar o fogo. ?As residências eram muito próximas e o fogo se alastrou rapidamente. Primeiro tentamos salvar a vítima e evitar que o fogo se alastrasse ainda mais?, informou o capitão Vladimir Gross, do Corpo de Bombeiros.
Família
No momento da explosão, José Lupion estava sozinho em casa. Vizinhos informaram que a esposa da vítima havia saído para levar o carro numa oficina, mas que não demoraria a retornar. As filhas estavam na escola. Uma delas chegou da faculdade e ao deparar-se com carros de bombeiros e de imprensa, além de muitos curiosos e de sua casa em chamas, entrou em desespero: ?Meu pai!?. Ela foi atendida por vizinhos, que tentaram tranqüilizá-la. Pouco depois, chegou a esposa, numa motocicleta, e desceu desesperada em direção à casa, mas foi contida pelos bombeiros e policiais militares, já que ainda corria risco da casa desabar. Uma ambulância do Siate aguardava do lado de fora para prestar os primeiros socorros. Meia hora depois, os socorristas entraram na ambulância e deixaram o local. Era o sinal de que não havia mais chances de salvar a vítima.