A semana começou trágica no Capão da Imbuia. A comerciante Maria Idarcy Pruchak, 72 anos, foi encontrada morta, na manhã desta segunda-feira (14), na sala de casa, na Rua Delegado Leopoldo Belczak. Ela estava de bruços, amarrada e amordaçada. A residência, embora sem sinais de arrombamento, foi completamente revirada, indicando latrocínio (roubo com morte). O crime só foi descoberto depois que a polícia encontrou o carro levado da vítima, abandonado em Pinhais.
De acordo com o tenente Kretschmer, da Polícia Militar, a idosa tinha um único ferimento, no nariz. Ele acredita que a vítima tenha caído e batido o rosto. “Não havia nenhum sinal de agressão, além do fato dela estar amarrada”, explicou o tenente. O Instituto Médico-Legal investiga a causa da morte de Maria, mas a principal hipótese é asfixia.
Ao lado do corpo, uma arma de brinquedo foi encontrada. “Apesar da casa estar revirada, não havia nenhum sinal de arrombamento, o que leva a crer que a senhora abriu a porta para os bandidos ou eram pessoas conhecidas”, disse o tenente. O delegado Marcelo Magalhães, da Delegacia de Furtos e Roubos, ressaltou que o assassino tinha acesso à casa. “Era alguém que tinha uma chave reserva ou a própria vítima abriu-lhe a porta”.
Parente
A possibilidade de o crime ter sido motivado por herança é investigada. Um parente de Maria foi detido, mas, segundo o delegado, não havia provas suficientes para efetuar a prisão. O delegado Marcelo Magalhães informou que uma caixa de joias foi roubada da vítima, mas o valor não foi levantado.
Segundo relatos dos familiares à polícia, a mulher morava sozinha. Como a área onde Maria morava é cercada por comércios e o roubo provavelmente foi cometido no domingo à noite, não há testemunhas. Segundo o delegado Marcelo, as provas técnicas serão fundamentais para elucidação. O Instituto de Criminalística coletou materiais que podem ser fundamentais na investigação.
Carro
A família descobriu a morte depois que a Polícia Militar encontrou o Logan de Maria, abandonado na Avenida Maringá, em Pinhais. Dentro do carro, foi encontrado um celular e os policiais identificaram o telefone da esposa de um dos netos da idosa, que foi ao local e encontrou a vítima caída. O Siate foi chamado, mas Maria já estava morta.
Vizinhos contaram que a vítima era atenciosa com os moradores e comerciantes da rua. Segundo os moradores, Maria dava atenção a todos e abria facilmente as portas de casa, porque não via maldade nas pessoas. Embaixo da casa onde a idosa morava, as portas dos comércios foram fechadas durante o trabalho da polícia e os proprietários das lojas, tristes, não se pronunciaram sobre a morte. Nenhum vizinho demonstrou ter visto ou ouvido algo estranho na residência.