A Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas registrou, na tarde da última terça, a queixa de uma mulher, moradora na Rua Fernandes de Barros, no Alto da XV, em Curitiba, vítima do golpe do bilhete premiado. Segundo a idosa, ela foi lesada em US$ 100 mil e R$ 200 mil em barras de ouro.
Segundo o delegado Marcus Vinicius da Costa Michelotto, o golpe é aplicado geralmente por dois homens. O primeiro, vestido com roupas simples, que apresenta o bilhete premiado para a vítima. Durante essa abordagem, o outro golpista, aparentando ser uma pessoa de melhor poder aquisitivo, entra na conversa e tenta intermediar a negociação. ?Essa segunda pessoa dá um valor pelo bilhete e oferece sociedade para a vítima, que, na intenção de ganhar algum benefício, aceita a proposta?, explicou.
O delegado disse ainda que a mulher registrou o boletim de ocorrência, mas não está colaborando com a polícia. ?Ela não se mostrou muito à vontade para olhar os álbuns de identificações e caso continue não colaborando, o caso será arquivado?, disse Michelotto, que acredita que a falta de interesse da vítima pode estar relacionado à origem do dinheiro. ?Pode ser que ela não tenha como justificar a grande quantidade de dólares que tinha em casa. A informação é de que ela e o marido fariam uma viagem para o exterior?, completou.
Estelionato
Esse foi o segundo maior golpe investigado pela Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas, em Curitiba. A vítima foi lesada em aproximadamente R$ 500 mil. O maior caso foi registrado no ano passado, quando uma mulher deu aos golpistas aproximadamente R$ 1 milhão em jóias.
?As pessoas precisam entender que não existe dinheiro fácil. Qualquer proposta que tenha uma vantagem muito grande, seja com valores em dinheiro ou prêmios, com certeza é golpe?.
