Outros três integrantes da superquadrilha que assaltava ônibus de “sacoleiros”, na região oeste do Paraná, já estão identificados e com mandados de prisão decretados pela Justiça. Trata-se de Paulo Rocha Burlani, um indivíduo chamado Marcelo e outro identificado por Luiz. A informação é do delegado de Realeza, Nassif Nagib Palma que já prendeu 10 integrantes do grupo. O policial diz crer que há outros bandidos que ainda estão em liberdade. “A quadrilha é muito grande. Temos informações que o bando é composta por mais de trinta pessoas que agem em diversos subgrupos, divididos entre o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul”, salientou o delegado.
Estão atrás das grades: Francisco Aurélio Bompani da Silva, vulgo “Nino”, 33 anos, Élio Antônio de Souza, 36; Jorge Altevir Alves, 41; Antônio Rocha Burlani, de 28; José Sidnei Specot, 29; Priscila Simões da Silva, 20; Paulo Roberto da Silva, 27 e Ernes Rocha Burlani. Estes foram presos pela Polícia Civil de Realeza, com o auxílio de policiais militares e de policiais civis lotados em outras delegacias. Também foram apanhados Luís Carlos Mitrut, Gerson Adão Passos e Osmir Hartrof. Os três foram presos em Romilândia (SC), após confronto com a polícia militar catarinense. “O Ernes levou um tiro nas costas e vai ficar paraplégico. Ele conseguiu escapar do cerco em Santa Catarina junto com comparsas e foi internado no hospital de Campina Grande do Sul”, relatou o delegado.
Armas e máscaras
Com o grupo foram apreendidos sete capuzes, uma pistola 380, duas escopetas calibre 12, várias munições, um fuzil 762, quatro telefones celulares, colete a prova de bala, dois Astra, um Vectra e um Omega.
Ele disse que alguns integrantes do grupo já estavam identificados. Com os nomes dos quadrilheiros, Nagib e os investigadores Carvalho e Pacheco passaram a procurar os marginais em hospitais do Paraná. Eles acabaram encontrando Ernes no Hospital Angelina Caron, em Campina grande do Sul. “A partir daí realizamos as prisões dos outros”, explicou.
Ataque
O delegado apurou que o grupo roubava carros em Curitiba para utilizá-los nos assaltos contra ônibus de “sacoleiros” – pessoas que vão ao Paraguai e Argentina fazer compras para revender no Brasil. “Com as prisões descobrimos que a superquadrilha envolve basicamente as famílias Mitrut e Burlani. Os crimes eram planejados dentro da Colônia Penal Agrícola, em Piraquara”, salientou o delegado.
Nagib explicou que cada integrante tinha uma função previamente definida. Paulo Rocha Burlani, que está foragido, era quem tomava os carros em assalto em Curitiba. Antônio Rocha Burlani e Ernes Rocha Burlani assaltavam os ônibus de turismo, junto com José Sidnei Specot, que é cunhado dos irmãos Burlani. Já a família Metrut é formada por Carlos Mitrut, Osmir Hastrof e Gerson Adão Passos. “A Priscila e o Paulo Roberto da Silva tinham a função de dar cobertura nos roubos e fuga para o grupo”, informou o delegado.
Ele salientou que os trabalhos continuam e as pessoas que puderem dar qualquer informação sobre o paradeiro dos foragidos ou a identificação de outros quadrilheiros entrem em contato através do telefone (046) 543-1272.
