A polícia já definiu pelo menos uma linha de investigação para solucionar a chacina que ocorreu na noite de sexta-feira em Piraquara. Dois suspeitos estão identificados e a hipótese de latrocínio não está descartada. A delegacia prometeu mais informações para hoje.
Os assassinos seriam conhecidos do dono da chácara, no bairro Capoeira dos Dinos, Jorge Roberto Carvalho Grando, 53 anos, que foi secretário do Meio Ambiente de Pinhais. Jorge foi morto junto com seu irmão Antônio Luís Carvalho Grando, 46, que também morava na casa, o vizinho Albino Eliseu da Silva, o empresário Gilmar Reinert e o agente penitenciário Valdir Vicente Lopes.
Crueldade
As vítimas foram amarradas e executadas, lado a lado, com tiros na cabeça, dentro da casa. O crime aconteceu perto das 21h de sexta-feira, quando foram ouvidos disparos na chácara, situada ao lado da Estrada Nova Tirol. Porém, os corpos só foram encontrados no início da madrugada de sábado. A esposa de Albino sentiu a falta do marido, que havia saído para comprar remédio para o filho recém-nascido, e foi buscar notícias na residência de Jorge. Quando chegou, encontrou os corpos.
Familiares informaram a polícia que Jorge teria vendido alguns terrenos. Os marginais podem ter pensado encontrar o dinheiro com a vítima. A casa estava completamente revirada, com documentos espalhados pelos cômodos. No lado de fora, os veículos das vítimas foram deixados, inclusive a motocicleta de Gilmar (de alto valor). Além disso, cartões de crédito ficaram espalhados pela residência.
Reunião
A chácara pertence a Jorge, que é ambientalista e fundador da Associação Paranaense de Preservação Ambiental do Rio Iguaçu e Serra do Mar (Appam). Ele e o irmão Antônio, ambos funcionários da prefeitura de Pinhais, moravam juntos.
O empresário Gilmar era amigo dos irmãos e morava nas imediações. O agente penitenciário Valdir morava em São José dos Pinhais, mas recentemente teria comprado alguns terrenos de Jorge na região. O único que talvez não estivesse participando da reunião é Albino. Ele saiu para comprar remédio e a polícia não descarta que ele tenha sido rendido pelos criminosos na volta.