Mais um preso, assassinado durante a rebelião na Penitenciária Central do Estado (PCE), foi identificado oficialmente no Instituto Médico-Legal (IML). Além de Orlando Quartarolli, 24 anos, o corpo de Alexandre Carlos Simões, 21, também foi sepultado no final de semana. Outros três corpos permanecem desconhecidos. Em um deles foi carbonizado e será necessário fazer exame de arcada dentária ou DNA.
Enquanto a direção da PCE define o que fará com seus 1.500 internos, os presos aguardavam no pátio interno do presídio até a tarde de ontem, sob a supervisão da Polícia Militar. A direção do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen) informou que, até que a unidade passe pela reforma por conta dos estragos provocado pelos rebelados, a Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP) e o Centro de Detenção e Ressocialização de Piraquara deverão receber parte dos presos da PCE. Também foram cogitadas transferências para o interior.
Suspeita
A Polícia Civil abriu inquérito policial para apurar os crimes de danos ao patrimônio público (pela destruição da cadeia), agressão (aos agentes feitos reféns), formação de quadrilha e homicídio (pelas cinco mortes). A suspeita de um agente penitenciário ter causado o motim, ao abrir celas e misturar presos de facções rivais, será averiguada em inquérito administrativo.