O corpo que boiava na represa do Capivari, em Campina Grande do Sul, na manhã de domingo, era do mecânico Joãozinho Mocelin, 46 anos. Ele estava desaparecido desde às 16h do último dia 11 de dezembro, quando foi seqüestrado em sua oficina, na Rua Vinícius de Moraes, no bairro Atuba, em Colombo. Os autores entraram em contato com a família, por telefone, mas ao invés de dinheiro pediram as peças de um Golf em troca da vida da vítima. De acordo com o superintendente Job de Freitas, da delegacia do Alto Maracanã, Joãozinho já tinha antecedente criminal por receptação e, na semana passada, policiais da delegacia encontraram um Voyage furtado na oficina dele. O delegado Erineu Portes, de Campina Grande do Sul, que investiga o assassinato, informou que Joãozinho também tinha envolvimento com drogas.

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Pauladas

Como Joãzinho foi seqüestrado, o Grupo Tigre iniciou as investigações, coordenadas pelo delegado Riad Braga. O investigador Milton Suzaki informou que Joãozinho foi assassinado a pauladas e depois jogado na represa. "As investigações estão adiantadas. Já sabemos quem são as pessoas que seqüestraram a vítima", disse o policial.

Suzaki lembrou que Joãozinho foi seqüestrado por dois homens, que ocupavam um Golf vermelho com placa de São Paulo. O veículo e os ocupantes já foram identificados, mas por enquanto não serão divulgados para não atrapalhar as investigações.

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No dia seguinte ao seqüestro, às 8h, os marginais telefonaram para a família e exigiram a devolução das peças de um Golf em troca da vida do mecânico. Eles disseram ainda que um tal de Alex saberia onde localizar as peças. "Familiares da vítima procuraram o tal do Alex, que forneceu algumas peças de Golf. Mas não sei o que aconteceu que eles acabaram matando-o", relatou o superintendente Job de Freitas, do Alto Maracanã.