Um crime cometido há mais de seis anos teve o primeiro acusado detido na última quinta-feira. Marcos Tote da Silva, 26 anos, é apontado como um dos três autores da morte do pedreiro Joanir Sibert, 21 anos, ocorrida em 19 de setembro de 1997, no Jardim Holandês, em Piraquara.
Tote tinha contra si um mandado de prisão e foi encontrado em casa, na Vila Santa Lúcia, em Piraquara, pela DP da cidade. Ele diz não saber que era procurado pela polícia, e que há 15 anos morava no bairro. “Nem sei quem é essa pessoa assassinada. Minha consciência está limpa e não devo nada”, defende-se.
Marcos teria cometido o assassinato em companhia da própria amásia da vítima, a paraguaia Sueli Aparecida Sant?ana e de Valmir Cabral, ambos com 21 anos à época. Sueli chegou a ser interrogada e confessou ter participado do crime, mas não foi presa. “Ela e Valmir sumiram da cidade”, disse o escrivão Vilibaldo, da DP de Piraquara, que investigou o crime na época.
Em seu depoimento, Sueli disse que na noite do crime conversava com Valmir na casa de uma vizinha, quando o amásio apareceu e a agrediu. Valmir disse que tudo não passava de uma mera conversa e repreendeu Joanir, aproveitando para cobrar um dívida de maconha. Os ânimos se exaltaram e Valmir e um certo Marquinhos – mais tarde identificado pela polícia como Marcos Tote da Silva – sacaram revólveres. Cada um teria atirado uma vez em direção à vítima, que morreu baleada na cabeça.
Sueli disse que ajudou a enrolar o corpo num lençol e a jogá-lo numa valeta, a 200 metros da casa. A mulher ainda lavou a residência para eliminar os vestígios de sangue.