O autor dos tiros que mataram Altair Cordeiro, de 32 anos, e feriram o pai dele Antônio Cordeiro Filho, 59, se apresentou na delegacia de Piraquara na tarde de ontem, acompanhado por seu advogado. Trata-se do vigilante Cláudio Nei Soares, 28, dono do Vectra placa AHZ-1859. Os outros dois acusados de envolvimento no crime também já se apresentaram à polícia, mas negaram ter participado efetivamente da confusão. Cláudio, por sua vez, alegou legítima defesa.
Em seu interrogatório, o vigilante informou que durante a partida de futebol disputada no último domingo pelas equipes do Jardim Isaura (São José dos Pinhais) e União Pinhaense (Pinhais), um lance violento incitou jogadores e torcida dos dois times a brigar. Durante a confusão generalizada, envolvendo mais de setenta pessoas, Cláudio correu com a sua família para o Vectra tentando se proteger. O carro foi cercado por torcedores adversários e Cláudio agredido. “Temendo pela sua integridade física e de sua família, o vigilante alegou que para se defender sacou a pistola 380 e disparou de quatro a cinco tiros”, explicou Valdir Bicudo, superintendente da delegacia de Piraquara.
Cláudio apresentava no corpo e face vários hematomas. Diante disso, a polícia solicitou que ele faça exames no IML. Altair morreu na manhã de segunda-feira, no Hospital Cajuru, em Curitiba.
