Acusado de homicídio duplamente qualificado e desobediência, Davi Lourenço Pereira foi condenado pelo Tribunal do Júri de Prudentópolis, na região central do Estado, a 22 anos, cinco meses e nove dias de reclusão em regime inicial fechado.

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Os crimes tiveram grande repercussão na cidade, pois a vítima já estava amparada por medida protetiva de urgência, prevista na Lei Maria da Penha, e foi brutalmente assassinada, na frente dos filhos, porque recusou-se a voltar a manter convívio conjugal com Davi, de quem estava separada há oito meses. O julgamento foi realizado na última terça-feira, 20 de abril. O Ministério Público foi representado pelo promotor de Justiça Eduardo Cambi. O Júri foi presidido pelo juiz substituto Leonardo Souza.

Conforme relata o MP-PR na ação penal, no dia 9 de novembro de 2009, desobedecendo ordem judicial, Davi foi até a casa da ex-mulher, Ana Lourenço Pereira, com a intenção de matá-la: carregava, escondida em suas vestes, uma foice. Diante da negativa reiterada da vítima em reatar o casamento, o assassino a atacou, desferindo-lhe diversos golpes, a maioria deles após ela já estar caída no chão, não lhe dando chances de defesa. Pior – o crime foi praticado na presença de sete filhos do casal, todos menores, e de dois netos.

Como o réu já tinha demonstrado comportamento agressivo e registrava outras passagens na Polícia por ameaças contra a ex-cônjuge, estava impedido judicialmente de se aproximar a mais de 300 metros de Ana. De acordo com o promotor de Justiça Eduardo Cambi, o julgamento foi marcado por muita comoção, pois as duas testemunhas principais de acusação eram filhos do casal – de 12 e 13 anos.

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