Quase três anos depois de confessar que assassinou sua namorada, Joseli Fermino, 31 anos, Geraldo Oscar de Moura, 33 anos, senta no banco dos réus, às 9h do próximo dia 10 de julho, na 1.ª Vara do Tribunal do Júri, de Curitiba. Segundo o defensor de Geraldo, Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida, o rapaz irá confirmar seu depoimento à polícia, onde confessou ser o autor do crime, que aconteceu às 20h30 do dia 10 de novembro de 2003, dentro do apartamento da mulher, na Rua Antônio Pietruzes, no bairro Portão. "Vamos tentar demonstrar que, quando ele colocou o corpo dentro da almofada e ateou fogo a mulher já estava morta", adiantou o advogado, acreditando que, se a tese for aceita pelos jurados, o rumo do julgamento pode mudar substancialmente.
O advogado irá alegar que Joseli morreu devido a uma queda durante a briga do casal e bateu a cabeça. Por esta razão. Geraldo teria ficado desesperado e colocado o corpo dentro de uma almofada grande. Depois, levou-a até a Estrada do Ganchinho, no Umbará, onde desovou o "pacote" e ateou fogo. "Não negamos a autoria. Só vamos provar que ele não a matou carbonizada. Joseli já estava morta, quando ele ateou fogo", disse Matheus, que já prevê a condenação de seu cliente. "Ele cometeu o crime sob violenta emoção", disse o defensor.
Acusação
A tese do promotor Marcelo Balzer Correia é que o homicídio é qualificado pelo emprego do fogo, o que aumentaria a pena em caso de condenação. A acusação irá pedir a condenação de Geraldo pelo homicídio qualificado, pela ocultação de cadáver e o furto de 7.200 euros. A defesa adiantou que irá contestar o sumiço do dinheiro. O júri será presidido pelo juiz Ronaldo Sansone Guerra, da 1.ª Vara do Tribunal do Júri.