Os policiais da Delegacia de Homicídios continuam investigando e prendendo os autores da barbárie feita por um grupo de seis pessoas no dia de Natal do ano passado.
O jovem Calvin Vitor Schultz da Costa, 20 anos, foi morto a pedradas, pancadas, facadas e pauladas, na Rua Pastor Manoel Virginio de Souza, no Capão da Imbuia. Logo depois do crime, os seis autores foram identificados.
Hudson Souza de Oliveira e Cleverton Pieri foram presos em fevereiro deste ano e negavam envolvimento. Na tarde desta quarta-feira (03), Milton Paulo Pieri, pai de Cleverton, que estava escondido na casa de um irmão em Barra Velha/SC, foi preso.
Ele confessou o crime e contou à polícia tudo o que aconteceu. De acordo com o pai, conhecido como “Barroso”, a crueldade do grupo começou depois que o filho dele, Clovis Pieri Neto, se envolveu uma briga com Calvin.
“Clovis chegou em casa com a cabeça sangrando, disse que teria apanhado do rapaz e a família se reuniu com um grupo de amigos para fazer vingança com as próprias mãos”, contou o delegado Fabio Amaro. “Barroso” contou que o grupo foi até o local onde o jovem estava, com pedaços de madeira e ferro, facas e pedras.
“Calvin caminhava pela via junto com outras pessoas, quando os assassinos se aproximaram e o agarraram. Quem estava com ele conseguiu fugir e ele apanhou até a morte”, disse o delegado. Calvin foi atingido principalmente na cabeça e teve o rosto desfigurado. Pelo corpo, ficaram as várias marcas das pancadas e facadas.
Depois do linchamento, os assassinos se dispersaram rápido, pois a vizinhança já havia visto o que estava acontecendo. Com as investigações, a polícia conseguiu identificar todos os envolvidos.
De acordo com o delegado Fábio Amaro, “Barroso” falou que fugiu por medo. “Ele disse que foi ameaçado pelos próprios companheiros do crime. Disse que queriam matá-lo, porque ele falou que se fosse pego pela polícia, iria contar toda a verdade”.
Foi o que fez, o homem deu detalhes sobre como fizeram o crime e agora a polícia quer encontrar Clovis Pieri Neto, Ronald Elci e Van Basten Carlos Lourenço. Eles são considerados foragidos.
“Sabemos que eram da Vila Rocinha, no Cajuru, e pedimos o apoio da população para ajudar a encontrar esses criminosos”, completa o delegado. Qualquer informação pode ser repassada para o disque-denúncia da DH, 0800-6431-121.