Moradores revoltados com a abordagem de um homem, de 54 anos, a uma adolescente, de 14, conseguiram, junto com a Polícia Militar, colocar o suspeito atrás das grades na noite desta terça-feira (26). A ocorrência foi no Boqueirão, em Curitiba, e um homem, de 47 anos, ficou gravemente ferido ao ser atropelado pelo tarado.
Segundo os moradores, era por volta das 20h quando a adolescente caminhava até a lanchonete da mãe. Para chegar ao local, ela passou por um trecho onde ficam garotas de programa e foi aí que o crime aconteceu.
“Minha filha foi abordada pelo homem, que parou um Corolla branco e perguntou quanto era o programa. Assustada, ela disse que não fazia programa, ele a puxou pelo braço e ela saiu correndo, mas ele foi atrás”, contou a mãe da menina.
Mais à frente, o homem alcançou a garota e tentou segurá-la de novo. Foi aí que um amigo da família viu o que aconteceu e correu para ajudá-la. “Ele pegou uma pedra e jogou no carro do tarado, que fugiu de novo”, disse a mãe.
Logo depois, enquanto mãe, filha, o amigo e algumas pessoas que presenciaram a cena estavam na esquina das ruas Diogo Mugiatti com Adão Picussa Neto pensando no que fazer com a situação toda, o tarado voltou. Em alta velocidade, ele atropelou o homem que ajudou a garota e foi embora.
O amigo da família, de 47 anos, foi socorrido em estado grave ao Hospital do Trabalhador. Ele corre risco de morte. “Ele salvou minha filha, porque ela iria ser estuprada, mas acabou virando vítima. Se eu e ela não desviássemos, também iriamos ser atingidas”.
Atrás do tarado
Com a placa do veículo anotada, a população descobriu o endereço do homem, no Xaxim, e que ele morava a cerca de cinco quilômetros do local onde atropelou o homem e abordou a menina. Todos juntos, inclusive com o pai da garota, resolveram ir até a casa do homem e ficaram na frente da residência por cerca de duas horas até a chegada da Polícia Militar.
A esposa do homem se desesperou e ele, na tentativa de se defender, negava tudo. O tarado dizia para a mulher que teria atropelado o homem porque o carro dele estava sendo apedrejado, mas se manteve firme na negativa da acusação de que teria abordado a adolescente em busca de um programa.
Com a chegada da PM, o homem foi levado ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac), no Portão. “Quero ver ele na cadeia. Ele tentou agarrar a minha filha. Precisa pagar pelo que fez, inclusive pela tentativa de homicídio, por tentar matar o homem que ajudou a minha filha”, disse a mãe. “Se eu faço justiça com as próprias mãos, eu sou preso. Mas ele não pode ficar impune”, desabafou o pai da menina.
Em alta velocidade, ele atropelou o homem que ajudou a garota e foi embora. |