Denúncia feita à polícia contra traficantes de droga é a explicação para a execução do vendedor de jornal Anderson de Almeida, o “Negão”, 23 anos. Ele foi morto no início da madrugada de ontem, com seis tiros, por homens armados com revólver calibre 38 que invadiram sua casa, na Rua Santa Anastácia, Cajuru.
Segundo informações da polícia, o ato de violência e covardia ocorreu porque há algum tempo Anderson teria delatado traficantes que queriam transformar a casa dele em um ponto-de-venda de drogas. Como não concordou com os bandidos, foi jurado de morte. Ontem, antes de ser assassinado brutalmente, ele ainda recebeu uma ligação pelo celular avisando que os inimigos estavam atrás dele e que estavam prestes a cumprir a promessa de matá-lo.
Pouco depois da meia-noite, três homens chegaram na frente da casa do vendedor e o chamaram pelo apelido. Já suspeitando que eram os bandidos, ele não respondeu. Os criminosos não se intimidarem e invadiram a moradia de madeira, sem qualquer segurança. Anderson tentou se esconder num quartinho existente nos fundos, mas foi encontrado pelos matadores que atiraram várias vezes, sem dar a menor chance de defesa ao vendedor. De acordo com a polícia, o rapaz foi atingido por seis tiros: quatro na barriga, um na axila e outro no rosto. “Ele se recusou a compactuar e voltaram para se vingar”, comentou o investigador Nei, da Delegacia de Homicídios (DH). Anderson não tinha antecedente criminal.
A mulher dele revelou que o rapaz nunca teve envolvimento com drogas e confirmou que ele havia denunciado traficantes à polícia. “Fomos prestar queixa na delegacia, mas não adiantou. Eles não tiveram dó nem piedade”, lamentou a mulher.
