Alberto Melnechuky
Emerson era viciado e, segundo a amásia,
devia para traficantes da Vila Osternack.

O pente de uma pistola, calibre 380, foi descarregado em um homem, na estrada do Parque Iguaçu, terça-feira. O corpo foi encontrado pelos guardas municipais Aparecido e Valdirene, às 19h50, durante uma ronda de rotina, na beira do asfalto. Um Santana branco ou prata foi visto pela região e suspeita-se que seus ocupantes tenham algum envolvimento com a execução.

No bolso da vítima foi encontrada uma carteira, praticamente vazia. Só havia um cartão Unibanco, em nome de Emerson Schuviski. No outro bolso traseiro da calça, foi achada uma correspondência da mesma instituição, perfurada por uma das balas. “Não temos certeza se o cartão pertencia à vítima. Essa será uma das etapas da investigação”, disse o delegado Sebastião Ramos Neto. A perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, recolheu 15 cápsulas de pistola, calibre 380, ao redor do corpo. “Somente exames complementares poderão determinar, quantos tiros atingiram o homem. Mas todos foram deflagrados do lado esquerdo da vítima”, avaliou. Os projéteis acertaram a cabeça, o braço, o peito, a barriga e os glúteos do homem.

Carro

De acordo com o supervisor Nelson, da Guarda Municipal, um Santana foi visto pelos guardas do posto do Parque Náutico, mas quando o motorista percebeu que estava sendo observado, desligou as luzes e desapareceu. O mesmo carro foi visto por guardas municipais do Zoológico, mas como era de noite a cor do veículo não pode ser precisada, muito menos a placa.

O caso está a cargo da Delegacia de Homicídios, que ouviu as declarações dos guardas municipais e as avaliações da perícia técnica, para orientar as investigações.

Identificação

Na manhã de ontem, a amásia da vítima, Adriane, compareceu ao IML e identificou o corpo como sendo de Emerson Luis Schuviski, 30 anos. Em entrevista concedida a rádios no IML, ela contou que a vítima trabalhava como servente de pedreiro e saiu na manhã de terça-feira de casa para procurar trabalho. À tarde, ela teria recebido um telefonema misterioso no qual foi informada que o amásio havia sido preso. Diante da notícia, Adriane começou a procurá-lo e localizou o amásio apenas no IML.

Conforme as declarações dela, Emerson era viciado e tinha uma dívida pendente referente a drogas com pessoas na Vila Osternack. O carro que foi visto rodando pelo local do crime também não pertencia a vítima, o que leva a crer que Emerson foi executado e desovado no local, possivelmente devido ao seu envolvimento com drogas.

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