Agudos do Sul

Homem mata mulher e enteada a machadadas

Somente os cachorros da casa testemunharam o que levou o caseiro Jurandir dos Santos Cardozo, de 36 anos, assassinar a golpes de machado a mulher, Roseli Aparecida de Brito Bonfim, de 46 anos, e a enteada, Vanessa de Fátima Bonfim, de 18 anos.

O crime ocorreu na noite de sexta, por volta das 21 horas, na chácara onde a família trabalhava, na localidade de Ribeirãozinho, no município de Agudos do Sul, a 80 quilômetros de Curitiba.

Na madrugada deste sábado, em torno de 1h20, o caseiro chegou à residência de um primo distante no município de Tijucas do Sul, com dois cachorros, sendo que um pertencia ao proprietário da chácara, o policial do 17º Batalhão da Polícia Militar, Peter Vieira.

Na casa do primo, Jurandir pediu um prato de comida e, após a refeição, contou que tinha assassinado a mulher e a enteada porque elas haviam “quebrado tudo na casa e partiram para cima dele com ameaças”. Antes de “sumir no mundo”, como declarou ao parente, o caseiro pediu para o primo avisar o patrão sobre o ocorrido e disse que iria até o município de Quitandinha, onde nasceu, para ver o pai.

Entretanto, a polícia trabalha com a hipótese de que ele ainda tenha voltado ao local do crime, porque o cachorro que pertencia ao dono da chácara apareceu. “Ou o cachorro voltou sozinho, já que ele foi a pé até Tijucas do Sul, ou ele devolveu o cachorro e está mais próximo do que a gente imagina”, afirmou o investigador da Delegacia de Fazenda Rio Grande, Senival da Luz.

A equipe da Delegacia de Agudos dos Sul foi informada sobre o caso somente na manhã de hoje, em torno de 10h40, após o dono da chácara ser localizado pelo primo do caseiro e ir até a polícia. “Estava em Curitiba desde quinta-feira, por conta de tratamento médico. Assim que recebi a ligação saí da cidade e, antes de ir para a chácara, passei na delegacia para que a polícia acompanhasse tudo”, explicou Vieira.

Ele diz que nos três meses em que o caseiro e a família estiveram na chácara, nunca viu uma discussão. “Quem parecia nervosa era a mulher dele. O Jurandir era um pouco estranho, mas quieto e aqui cumpria com as funções de manutenção e de cuidados com os cachorros e a criação de galinhas”. Um parente do caseiro revelou que ele tinha “algum problema mental”, pois a vida toda apresentou comportamento estranho. Sobre o relacionamento do casal, vizinhos disseram que fazia pouco mais de um ano que eles viviam juntos. Antes dessa relação, Roseli tinha sido casada por mais de 15 anos com o pai de Vanessa, com quem teve outros dois filhos.

O policial do 17ºBP, Josemar de Souza Santos, que também atendeu a ocorrência, disse que pela cena do crime, provavelmente, Vanessa tentou defender a mãe e ficou e entre o casal enquanto o caseiro defenestrava os golpes com a parte de trás do machado. “Encontrei a enteada de braços abertos sobre o corpo da mãe. Foram as pancadas na cabeça que mataram as duas mulheres. Por algum instante de sanidade, ele preferiu dispensar o fio do machado para cometer o crime”, informou.

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