Um homem foi baleado por volta das 15h30 de quarta-feira (09), durante tentativa de assalto, no Terminal Guadalupe, no centro. Paulo César Miranda, 47 anos, o “Doutorzinho”, e um comparsa assaltavam um pedestre, quando foram surpreendidos por um delegado e um investigador. Eles tentaram fugir, mas o delegado baleou Paulo nas nádegas. Ele foi encaminhado ao hospital pelo Siate, em estado grave. O comparsa, que não teve o nome divulgado, foi levado ao 1.º Distrito Policial (Centro).
O delegado Rubens Recalcatti, titular do 1.º DP, relatou que o delegado-geral-adjunto, Luiz Gilmar da Silva, e um investigador flagraram o assalto. “O delegado sacou a arma deu voz de prisão mas eles tentaram fugir”, explicou. Segundo ele, Paulo é suspeito de vários crimes praticados na região central.
Violência
Cerca de um mês depois de assumir o 1.º DP, Recalcatti disse que ficou assustado com dois dados estatísticos, levantados a partir dos boletins de ocorrências. O número de furtos, roubos, arrombamentos e assaltos tem aumentado na região central e a maioria dos crimes são praticados por andarilhos e usuários de drogas. O delegado constatou que um dos locais de maior incidência de crimes é nas proximidades do Terminal do Guadalupe.
“Mais de 75% dos crimes são praticados por pessoas que moram nas ruas, vivem de pequenos furtos e estão envolvidas com o tráfico de drogas. Pessoas que não têm perspectiva de vida”, informou Recalcatti.
Social
De acordo com dados da Fundação de Ação Social, mantida pela prefeitura, há cerca de 4 mil moradores de rua em Curitiba. “Precisamos também de ações sociais, melhorias na iluminação pública em algumas ruas e, obviamente, mais policiamento”, completou Recalcatti. Ele afirmou que vai planejar ações integradas com a Polícia Militar e Guarda Municipal. “Sabemos que o tráfico de drogas acontece com frequência por pessoas que moram nos bairros e passam o dia nas ruas do centro, mas também há aqueles que pernoitam em pequenos hotéis. Vamos intensificar o policiamento e fiscalização para limpar o centro de Curitiba”.
De acordo com a FAS muitos moradores de rua são convidados diariamente a usar o serviço de acolhimento, no entanto, por conta das regras da instituição, que tem horários definidos, e restrições ao consumo de bebidas alcoólicas e drogas, muitos preferem permanecer na rua.