O irmão de Davi Moraes Mendes, 32 anos, suspeito de mandar matar seu enteado Gabriel Henrique Vieira, 13 anos, no mês passado, no Umbará, foi baleado dentro de sua casa, no Tatuquara, na noite de terça-feira. Osório Moraes Mendes, 33, orava com a esposa quando sua residência, na Rua Ignez de Souza Soares, foi invadida pelo atirador. Ele foi socorrido e está internado no Hospital Cajuru. A polícia não descarta a hipótese de ser uma forma de fazer Davi, que está foragido, se apresentar à polícia.
Tiros
Segundo o que a vítima relatou ao investigador Henrique, da Delegacia de Homicídios (DH), ele orava com a esposa, por volta das 23h, quando um indivíduo de apelido “Museu”, que já morou naquela redondeza por muitos anos, invadiu sua residência. Depois de dizer a Osório: “Você me conhece e sabe quem eu sou”, “Museu” deu três tiros de revólver contra a vítima. Osório levou um tiro no braço e dois nas costas. A esposa dele viu todo o crime e deverá ser ouvida na delegacia.
Ao ser ouvido ontem de manhã pelo investigador Henrique, Osório preferiu não associar o atentado a seu irmão ser procurado pela polícia. No depoimento, disse que a última vez que viu Davi foi uma noite antes de a polícia procurá-lo em sua casa. Davi estava num Passat preto, acompanhado de dois homens que ele não conhecia, pegou suas ferramentas de trabalho e sumiu.
Aposentadoria
O assassinato de Gabriel ocorreu na manhã de 12 de setembro, num carreiro. A polícia descobriu que ele foi morto à punhaladas pelos irmãos Valdinei Lúcio, 20, o “Nenê”, e por Sidney Lucio, 23, o “Ney”, a mando de Davi. O motivo seria o ciúme que Davi tinha de Gabriel. Quatro meses antes do crime, Davi discutiu com o menino, o ameaçou de morte e por isto foi expulso de casa.
Segundo o delegado Rubens Recalcatti, da DH, a mãe de Gabriel ficou viúva e começou a se relacionar com Davi, que trabalhava como carregador da Ceasa para o pai de Gabriel. Antes de morrer, o pai do menino ainda encaminhou a aposentadoria de Davi.