Célio Aparecido Magalhães, 40 anos, foi preso, na quarta-feira (16), por policiais civis da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), pelos crimes de denunciação caluniosa e corrupção ativa.
Ele tentou ludibriar os investigadores da especializada para que fosse confeccionado um Boletim de Ocorrência (BO) de roubo de um Fiesta preto. Os policiais descobriram a falsa comunicação de crime e então ele complicou ainda mais a sua situação, tentado corromper os investigadores oferecendo a eles R$ 6 mil.
Segundo o delegado-titular da DFRV, Cassiano Aufiero, na última terça-feira (15), Magalhães foi à delegacia e tentou fazer um BO, dizendo que havia sido assaltado na Rua Francisco Derosso, Alto Boqueirão, e que os marginais armados teriam levado o carro que ele dirigia.
“A história não ‘colou’. Nossos policiais logo desconfiaram que havia algo errado, já que o carro não estava no nome dele. Eles inclusive alertaram que ele poderia ser preso por isso”, contou o delegado. Mesmo assim, o homem fez o BO e foi embora.
Desconfiados, os policiais foram atrás da dona do carro, que contou a eles toda a verdade. “Magalhães comprou o carro dessa mulher, mas não pagou as parcelas do financiamento. Ela então foi até ele e tomou o carro. Por vingança, ele inventou a história do assalto”, contou Aufiero.
O delegado destacou que mesmo sendo a dona do carro e não tendo recebido por ele, a mulher cometeu o crime de exercício arbitrário das próprias razões e por isso teve que assinar um Termo Circunstanciado.
Sabendo da falsa comunicação de crime, os investigadores da DFRV foram atrás de Magalhães na terça-feira mesmo. Mas não o encontraram. Ciente de que estava sendo procurado pela polícia, o homem se apresentou espontaneamente da DFRV na quarta-feira (17).
“Entretanto, ele não tinha boas intenções. Queria que nós não o indiciássemos por denunciação caluniosa e ofereceu R$ 6 mil aos policiais para isso. Por isso, também foi indiciado por corrupção ativa”, contou Aufiero.