Pintor aposentado e sem filhos, Geraldo vivia sozinho há seis anos no porão de uma casa de família transformada em pensão. Ali foi atacado por uma mulher na noite de sexta-feira, dia 1º. A dona do alojamento não notou nada de anormal até escutar os gritos de Geraldo, que fora trancado em seu próprio cômodo. “Ele disse que estava ferido e mais tarde o Siate arrombou a porta”, contou a sobrinha da vítima, Maria Aparecida Silva dos Santos, 28 anos. O aposentado teve perfurações de faca e queimaduras por todo o corpo, provenientes da água quente.
Mulher
Enquanto era socorrido, Geraldo disse aos colegas da pensão que uma mulher chamada Flávia o havia ferido. No mesmo dia em que morreu, o aposentado, embora muito fraco, balbuciou o mesmo nome aos parentes. “É um mendiga de uns 28, 30 anos, morena-clara e desdentada, que às vezes aparecia na pensão”, contou Maria Aparecida. Os parentes não têm certeza dos motivos que a andarilha teria para matar Geraldo. “Uma vizinha disse que ela queria dinheiro para comprar droga. Mas ele não tinha quase nada”, falou a sobrinha.
Segundo os parentes da vítima, Flávia costuma perambular pela Praça Rui Barbosa. As informações foram repassadas à Delegacia de Homicídios, que tem a incumbência de identificar a suspeita.