O bilhete assinado por uma vítima de homicídio foi a chave para a descoberta do autor do crime, cometido no início do ano, no Cajuru. A mensagem, escrita por Jocinei Araújo de Ramos, 23, revelava o apelido de seu matador: “Gigante”, como é conhecido Rafael dos Santos Rocha, 24. Ele foi preso no fim de semana suspeito de matar Jocinei, que foi seu comparsa em homicídios.

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Jocinei foi morto em 21 de janeiro, em frente a uma bicicletaria. Durante as investigações, a polícia descobriu o bilhete na casa do rapaz. Segundo a delegada Camila Chies Cecconello, o rapaz relatava que, se fosse morto, o culpado seria “Gigante”, que poderia ser encontrado na mesma bicicletaria, onde aconteceu o homicídio. “Fomos até lá e descobrimos que ele tinha fugido para Santa Catarina”, contou a delegada. Apesar de não encontrarem o suspeito, o dono da bicicletaria foi preso por tráfico. “Ele usava a loja como fachada para venda de droga”, afirmou a delegada.

Retorno

Há cerca de um mês, Rafael voltou para a mesma rua onde residia. A partir dessa informação, os policiais foram até o Cajuru, onde cumpriram o mandado de prisão. “Conforme a delegada, Rafael confessou o crime. “Ele emprestou R$ 2 mil a Jocinei que, em troca, deveria entregar-lhe uma motocicleta. O acordo, porém, não foi cumprido”, explicou Camila.

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Duplo

Em dezembro de 2009, quase um mês antes de ser morto, Jocinei foi comparsa de seu próprio assassino no duplo homicídio praticado no mesmo bairro. As vítimas foram Robson do Nascimento, 21, e Alex Canabarro, 16, e o motivo do crime, discussão envolvendo tráfico de drogas. Rafael, que já tem passagem por furto, foi encaminhado ao Centro de Triagem II, em Piraquara.

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