O policiamento das Unidades Paraná Seguro da Cidade Industrial de Curitiba não foi suficiente para intimidar dois assassinos, na véspera do feriado. Uma mulher foi morta a tiros no conjunto Caiuá e um rapaz na Vila Sabará, na noite de quinta-feira (06). Com a morte de Cláudia Buaszquevicz, 41 anos, são 103 mulheres assassinadas na Grande Curitiba, somente neste ano. O índice é maior que no ano passado, que só atingiu esta marca em novembro. Por outro lado, o número de homens mortos diminuiu.
Às 20h15, moradores da Rua Dr. Emir Roque Dória, no Caiuá, ouviram os disparos e chamaram a Polícia Militar. Quando os policiais chegaram, encontraram Cláudia caída no asfalto, morta com cinco tiros. Familiares relataram à equipe da Delegacia de Homicídios que ela era usuária de drogas e que o crime pode ter sido motivado por dívidas com traficantes. A morte de Cláudia foi a primeira desde a instalação da UPS no Caiuá, em 26 de julho.
Mulherengo
Duas horas depois, mais estampidos foram ouvidos, desta vez na Estrada Velha do Barigui, Sabará. João Domingues da Silva, 28 anos, foi assassinado com três tiros dentro da própria distribuidora de bebidas. Como ele era considerado “mulherengo”, a equipe da DH não descarta que o homicídio tenha sido passional. Na vila, além de João, desde a instalação da UPS em 19 de julho, José Luiz Machado Cordeiro, 28, foi morto a facadas.
Registros
Também em 26 de julho foi implantada a UPS da Vila Nossa Senhora da Luz, que já registrou dois homicídios, nos dias 12 e 26 de agosto. A única unidade que não registrou homicídios na CIC foi a da Vila Verde, que funciona desde 1.º de agosto.
Entre as 103 vítimas do sexo feminino, duas eram crianças. Foram 15 adolescentes assassinadas e 42% tinham entre 18 e 29 anos. Em 73,5% dos casos, os criminosos usaram arma de fogo. A Cidade Industrial foi o bairro onde mais mulheres morreram (8), enquanto que na região metropolitana, Pinhais liderou a violência, com 12 vítimas.