Marcelo de Campos, 31 anos, foi morto na Rua Professora Otilia de Souza Ferrarini, na Vila Resistência, na Cidade Industrial, por volta das 15h15 de ontem. O crime aconteceu cerca de uma hora depois de duas pessoas terem sido presas na vila, pela Polícia Militar, suspeitas de tráfico de drogas.
Duas possibilidades são investigadas neste crime. Uma é que Marcelo foi morto pelo ex-cunhado, a quem esfaqueou ano passado. A outra é que era olheiro do tráfico e não cumpriu a obrigação de avisar o “patrão” sobre a aproximação da polícia, o que causou a prisão dos dois suspeitos uma hora antes.
Marcelo levou dois tiros na cabeça, em uma calçada, ao lado da sua bicicleta. A irmã dele disse que o rapaz era trabalhador e estaria voltando para casa, quando resolveu parar na esquina para conversar com alguns amigos e foi assassinado. No entanto, de acordo com o tenente-coronel Sérgio, do 23.º Batalhão da Polícia Militar, os policiais disseram que Marcelo já foi abordado algumas vezes na região e que ele era “funcionário” do tráfico. Ele tinha a missão de avisar quando alguma viatura da polícia chegasse na vila e isso não aconteceu.
A outra possibilidade de motivação para o crime foi levantada pelos próprios familiares. Eles contaram a investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) que, no ano passado, Marcelo esfaqueou o ex-marido de sua irmã. Por conta disto, teria sido morto em vingança. “Eu ouvi dois tiros. A arma estava com silenciador. Todo mundo na vila sabe quem cometeu o crime, mas ninguém vai falar nada para a polícia com medo de ser a próxima vitima”, disse um rapaz ligado à família. A DH investiga as duas possibilidades.
Prisão
Por volta das 14h, policiais militares faziam ronda pela vila, até que na Rua Otacílio Terra da Costa, abordaram um rapaz de 22 anos em atitude suspeita. Depois de encontrarem com ele algumas pedras de crack, revistaram a residência do rapaz e apreenderam um total de 90 pedras da droga. Ele e sua mãe, de 45 anos, foram levados ao 11.º Distrito Policial, na CIC.
