Santa Cândida

Homem diz ser perseguido por fantasma e mata amigo

Um homem, acreditando ser perseguido por um “fazendeiro fantasma”, matou o melhor amigo, com um tiro na cabeça, dentro de uma Blazer na manhã de ontem, no Santa Cândida. Vilson Vargas, 37 anos, trabalhava na construção civil e quis ajudar Gilmar Bandure, 29, que é usuário de droga e está desempregado.

Vilson levava Gilmar para o trabalho na tentativa de conseguir um emprego de pedreiro para ele. No meio do caminho, o rapaz matou o amigo com tiro de revólver e fugiu.

Na corrida, matou cachorro preso a uma corda. Depois, telefonou para conhecidos confessando que havia matado uma pessoa.

Acelerado

Por volta das 8h, moradores da Rua Theodoro Makiolka ouviram o primeiro tiro. Quando saíram de casa, encontraram o carro parado, ainda com o motor ligado e Vilson morto, com o pé no acelerador. No banco de trás e no porta-malas do carro foram encontradas ferramentas e duas sacolas grandes, cheias de roupas.

O celular da vítima tocou e a ligação levou a polícia a desvendar a história por trás do crime. Segundo o delegado Anderson Ormeni Franco, adjunto da Delegacia de Homicídios, era um companheiro de obra da vítima, que estranhou a demora de Vilson.

Ele tinha sido ameaçado por Gilmar, logo depois do crime. O assassino também telefonou para a ex-namorada, que já havia registrado boletim de ocorrência por ameaça. “Gilmar contou que havia dado um tiro na cabeça de Vilson e que um fazendeiro queria matá-lo”, contou o delegado.

Louco

Anderson telefonou para o assassino. “Ele não dizia coisa com coisa. Dizia que queria falar com o fazendeiro e que estava escondido no canal São Lourenço. Disse ainda que matou o cachorro, porque o cão avançou nele e que perdeu a arma num matagal”, contou o delegado. Os policiais foram até o bairro onde realizaram buscas sem êxito.

Gilmar, natural de São Paulo, e Vilson eram companheiros de pescaria e se conheciam há muito tempo. Segundo a ex-namorada, Gilmar também era usuário de cocaína e não se descarta que ele estivesse sob efeito da droga ao cometer o crime. “É possível que ele tenha transtorno psiquiátrico e ainda usava droga. Porque, segundo a ex-namorada, ele tinha ataques há algum tempo”, disse Anderson.

Para a polícia ainda falta saber como Vilson foi morto no Santa Cândida, já que morava em Araucária e a obra era no Tatuquara. Gilmar não foi localizado.

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