Com vários golpes de barra de ferro na cabeça, um homem desconhecido, aparentando 30 anos, foi assassinado no início da madrugada de ontem em um quarto na Rua Desidério Brugnholo, 143, no Capão Raso, em Curitiba. O corpo foi encontrado por volta das 6h do mesmo dia pelo proprietário do terreno, Nei Gliski, mas ele só avisou a polícia cinco horas depois.
O cabo De Assunção, do 13.º Batalhão, foi o primeiro a chegar no local. Ele disse que os suspeitos do crime são Luís da Silva Costa, mais conhecido como “Luís Colinha”, um homem chamado Marcos e outro identificado pelo nome de Gilmar. “Sempre somos chamados a esse terreno pelos vizinhos. Há brigas, prostituição e uso de entorpecentes”, relatou o policial.
Ele disse que vizinhos informaram que ouviram gritos no início da madrugada e um disparo. Minutos depois veio o silêncio. O quarto ficou todo revirado. “As poucas coisas que havia dentro do cômodo estavam manchadas de sangue. Com certeza houve luta no local. Também encontramos umas latinhas adaptadas para o uso de crack e cola”, relatou o policial. Além do desalinho da casa, um outro fato chamou a atenção. No teto havia muitas calcinhas femininas penduradas.
Suspeitos
Nei Gliski contou que o terreno é de sua propriedade e aluga dois quartos: um para “Luís Colinha”, onde ocorreu o crime, e outro para o irmão dele, Marcos. Os dois desapareceram. Apesar da proximidade do quarto onde ocorreu o crime com o seu, Nei alegou que não ouviu nada durante a madrugada. “Eu tomo remédio forte e pego no sono pesado”, justificou. “Alugo os quartos porque sou sozinho e para ganhar um dinheiro extra”, acrescentou. Ele confirmou que a polícia sempre visitava o local. “É que eu bebia. Agora parei”, contou.