Um idoso de 72 anos que trabalhou, entre 1991 e 2005, como motorista de uma van de transporte escolar, foi preso por uma equipe do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), acusado de pelo menos quatro casos de atentado violento ao pudor ou estupro cometidos contra pequenos passageiros, com idade aproximada de seis anos.
Depois dos supostos abusos, Cornélio Paulo Moraes fugiu para Santa Catarina. Uma denúncia chegou ao Cope informando o retorno dele à casa do filho, que fica na Rua Conde São João das Duas Barras, quase em frente à delegacia, em Curitiba. Quatro mandados de prisão, expedidos entre o ano passado e o início deste ano, foram cumpridos.
O suspeito alegou que fugiu para o estado vizinho com medo de ser preso, mas negou as acusações. De acordo com ele, apenas um caso foi imputado a ele pela mãe de uma criança, que teria inventado o abuso. “Nunca faria uma coisa dessas. Em 72 anos, nunca precisei estar em uma delegacia”, desabafou. Cornélio está sujeito a uma pena de até 20 anos de prisão.
Caso Rachel
Uma amostra de DNA será colhida do suspeito para integrar o bando de dados estadual para casos de pedofilia. A amostra será confrontada com o material recolhido do corpo de Rachel Genofre, estuprada, morta e abandonada dentro de uma mala na rodoferroviária de Curitiba no final de 2008.
Segundo a delegada Vanessa Alice, adjunta do Cope e responsável pela investigação do homicídio, Rachel utilizou o transporte escolar de van várias vezes antes de 2008. “Não podemos dizer que ele é suspeito de matá-la, mas assim como todos os acusados de pedofilia que prendemos, vamos fazer o confronto de DNA para tirar qualquer dúvida”, explicou.