Prestes a apertar o gatilho e executar sua vítima, três assassinos perceberam que o jovem ajoelhado e com as armas apontadas para cabeça não era quem procuravam. Olharam para o portão da residência em frente e viram Marlon Henrique Tavares da Silva, aproximadamente 30 anos, o verdadeiro alvo. Levantaram as armas e a vítima foi baleada pelo menos oito vezes e morreu no portão de casa, na Rua Dilair Silvério, Santa Cândida.
A rua não é pavimentada e faz limite com um grande matagal. Por volta das 17h30 o trio, encapuzado e usando coletes á prova de balas, se escondeu na vegetação e esperou o momento do ataque. Foram tantos tiros que uma mulher, de 40 anos, foi baleada no pé e encaminhada ao Hospital Cajuru.
Antes do crime, Marlon estava dentro de casa e o irmão conversava com parentes logo na entrada.
Fogos
Os bandidos fugiram e, na quadra de cima, fogos de artifício foram disparados. De acordo com o delegado Fábio Amaro, da Delegacia de Homicídios, os autores possivelmente moram no bairro. “A vítima tinha passagens por roubo e continuava envolvida com a criminalidade. O motivo certamente foi alguma desavença aqui nesta região”, comentou Fábio.
De acordo com vizinhos e com uma prima da vítima, a mulher baleada teria ajudado os assassinos, sinalizando a hora de atacar, mas a polícia não confirmou a suspeita. Segundo familiares, Marlon deixou dois filhos.
Ano passado, dois garotos, de 14 anos, foram mortos na mesma rua, que tem pouco mais de três quadras. O primeiro morreu em julho, em confronto com a PM. O outro foi morto em setembro, esfaqueado durante uma briga.