Foto: Diário de Maringá |
Erivelton Diversino Fernandes. |
Acusado de estuprar, violentar e assassinar a garotinha Ariane Ferreira de Souza, de apenas 10 anos, o auxiliar de serviços gerais Erivelton Diversino Fernandes, 41 anos, irá sentar no banco dos réus do Tribunal do Júri de Maringá, no próximo dia 16 de dezembro. O crime aconteceu no dia 22 de fevereiro deste ano, no Jardim Alvorada. De acordo com a acusação, Erivelton convidou a menina para andar de bicicleta, a levou até uma plantação de soja, localizada no Jardim Alvorada, por volta das 15h30. Lá, ele teria violentado e estuprado a garotinha e depois asfixiado a menina, tirando a sua vida. O corpo foi encontrado no dia seguinte. Dias depois, Erivelton foi preso e confessou na delegacia e para a reportagem de um jornal local, que era o autor do crime. Porém, quando foi ouvido em juízo negou todas as acusações. O caso revoltou a população de Maringá e Erivelton ficou conhecido como o "Monstro de Maringá".
O promotor Laércio Januário de Almeida denunciou Erivelton por homicídio com as qualificadoras de meio cruel, impossibilidade de defesa. Além dos crimes de ocultação de cadáver, estupro e atentado violento ao pudor.
Defesa
O advogado Matheus Gabriel Rodrigues de Almeida, nomeado para defender o acusado, adiantou que a tese é de negativa de autoria. O defensor é de Curitiba, mas devido ao fato de nenhum advogado local ter aceitado defender Erivelton, ele foi nomeado como dativo no caso. "Não há testemunhas do caso. Embora ele tenha confessado na polícia, não existe prova material do crime", disse Matheus Gabriel. O defensor aponta ainda uma nulidade no processo. Segundo ele, mesmo se seu cliente tivesse praticado o crime, a intenção era o estupro e o atentado violento ao pudor, o que seria julgado pelo juiz criminal e não pelo Tribunal do Júri, que tem competência para julgar crimes contra a vida, como homicídio, infanticídio e aborto. "Houve o homicídio, mas em casos de estupro normalmente o autor matar para que a vítima não o denuncie. Não é o crime principal", ensina.
O julgamento será presidido pelo juiz Cláudio Camargo Santos e terá início às 8h.