Depois de passar pouco mais de um mês furtando apartamentos de luxo, Valter Alexandre da Silva, 28 anos, o “Homem-Aranha”, foi preso pela quarta vez, ontem (18). Os crimes praticados por ele desde que se evadiu da Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), em 1.º de maio, eram investigados pela Delegacia de Furtos e Roubos logo que foram relacionados à sua fuga.

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Silva foi pego em uma casa entre o Barreirinha e o Santa Cândida. Ele mesmo contou que estava lá só para “tomar um banho, comer alguma coisa e sair fora”, pois se hospedava em hotéis para despistar a polícia. Na residência, a polícia apreendeu relógios, computadores, telefones celulares e chaves de carro, mas nenhum dinheiro.

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Ramón Vinicius Conrado Pereira Barbosa, 20 anos, foi preso próximo ao local, suspeito de dar cobertura aos furtos e ficar com objetos levados dos apartamentos. Por ter participado de algumas ações, como mostram imagens de câmeras de segurança de condomínios, Ramón teria recebido o apelido de “Lanterna Verde”. Com ele, foram encontrados diversos objetos roubados, além de duas motocicletas com alerta de roubo. No entanto, ele negou a participação nos crimes, dizendo que só guardava os objetos.

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De acordo com o delegado-titular da DFR, Rodrigo Brown, o dinheiro da venda do material furtado por Valter era gasto em drogas, mas o detido afirmou que largou os entorpecentes há oito anos. “Sou só viciado em altura agora”, afirma. Ele explica que escala os prédios sem qualquer tipo de equipamento. “Subo pelas paredes, cabos de aço e sacadas. Depois puxo os objetos com uma corda. O mais alto que já subi foi um prédio de 28 andares”. Para ele, escalar sem furtar, “não teria graça”.

Sem destino

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Valter tem esperança de estar solto novamente em breve. “Em 2013, já estou na rua, mas não sei o que vou fazer. Não sei trabalhar, só fazer isso mesmo”, comentou. Brown afirma que vai pedir a emissão de vários mandados de prisão preventiva. “Como os crimes são considerados leves, ele sempre recebe penas reduzidas ou regimento de pena mais favorável, mas vamos alertar o Judiciário para que isso não aconteça mais”.

Confira no vídeo o depoimentos dos ‘anti-herois’.