Desfigurado e com parte do couro cabeludo arrancado, resultado de mais de 20 golpes de facão, o guardião Manoel Antônio Miguel, 62 anos, foi encontrado pelos colegas de trabalho, na manhã de ontem.
O corpo estava numa casa nos fundos de uma construção, na Rua Fortaleza, no Cajuru. No local, ao lado do corpo, havia sinais de luta corporal, e a casa estava revirada. A dentadura da vítima estava fora da casa, onde também foram encontrados pedaços do couro cabeludo, indicando que o combate começou fora da residência.
O crime foi descoberto por volta de 8h, quando os pedreiros chegaram para trabalhar e encontraram as luzes da casa acesas, o portão semi-aberto e a televisão ligada. Quando passaram pela obra e chegaram na casa dos fundos, viram o corpo do colega, em meio a uma poça de sangue.
“Quando chegamos, os colegas da vítima estavam aterrorizados com a violência”, contou o soldado Igor, do 20.º Batalhão de Polícia Militar. De acordo com os investigadores Pimentel e Sidnei, da Delegacia de Homicídios, algumas pessoas contaram que o local foi assaltado há pouco menos de um mês. “Possivelmente tenham sido os mesmos indivíduos que cometeram o crime”, contou Sidnei.
Vingança
Apesar de o dinheiro que estava na carteira da vítima ter sido levado, a polícia trabalha com a hipótese de vingança. Conforme apurado pela DH, na sexta-feira, Manoel discutiu com um empregado da obra, que, por causa disso, foi demitido pelo proprietário. Ele será chamado para que a versão seja conferida.
Outra possibilidade é que ele tenha sido assassinado por um ex-empregado, que teria participado do assalto. Manoel reconheceu o bandido e avisou a polícia. O homem foi preso.
Alguns conhecidos de Manoel, que não quiseram se identificar, disseram que, além de muros altos, a obra conta com cercas elétricas em praticamente toda a sua extensão. “O assaltante entrou justamente pelo pedaço que não tinha cerca e foi direto até ele”, contaram.