GM em greve

Guardas Municipais e taxistas se unem em grande protesto

Todos juntos, cerca de 200 homens, guardas municipais e taxistas, cobrando que algo seja feito para que trabalhem em paz. A GM pede que o prefeito cumpra o que prometeu e os taxistas pedem que tenham mais segurança para trabalhar.

Acategoria dos guardas municipais alega que não foi notificada da decisão de proibição de greve, que teria sido expedida na última sexta-feira (16). A paralisação acontece em negativa ao Decreto Municipal 888/2015, que alterou a jornada de trabalho dos GMs e mudou a forma de pagamento de horas extras.

Segundo Roberto José, vice-presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Curitiba (Sigmuc), as medidas tomadas pela Prefeitura podem reduzir entre R$ 300 a R$ 800 em média por mês do salário. “Queremos que o decreto seja revogado. Isso porque não teve negociação nenhuma com a categoria, nem consultamos fomos”.

Além do decreto, o Sigmuc também cobra que algumas promessas de campanha sejam concretizadas. Para chamar atenção, os guardas estão usando um caminhão de som, com áudios do prefeito Gustavo Fruet em que ele cita melhores condições de trabalho, mais efetivo, entre outras promessas.

Os guardas não foram recebidos pela Prefeitura. Segundo eles, a decisão de manter ou não a greve deve acontecer todos os dias, em assembleia.

Outro lado

Ao contrário do que afirmou o sindicato dos guardas municipais, a prefeitura disse que se reuniu com o comando de greve da GM. Em nota, a Administração Municipal divulgou os pontos que foram abordados neste encontro. Diz a nota:

A Administração Municipal se reuniu com a Direção da Guarda Municipal de Curitiba e com o comando de greve na tarde desta segunda-feira (19) e, neste encontro, foram acordados os seguintes pontos:

– Retorno imediato dos guardas municipais ao trabalho, inclusive com o cumprimento das escalas noturnas a partir do dia de hoje;

– Reabertura das negociações que haviam sido interrompidas pela paralisação.

De acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Defesa Social (SMDS), do efetivo de 394 guardas municipais que deveriam estar nos seus postos de serviço no dia de hoje, foi registrada a ausência de 44%, ou seja, de 173 GM’s.

As faltas serão avaliadas, levando em conta a decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) que decretou a ilegalidade da greve.

E os itens da pauta apresentados pela categoria antes da greve serão tratados no seu conjunto com a direção do Sindicato.

Taxistas em luto

Já a categoria dos taxistas, que se uniu aos guardas municipais, pedem Justiça e segurança. Na madrugada desse domingo (18), um taxista foi morto por dois passageiros, que na verdade eram bandidos.

O rapaz foi encontrado morto dentro do táxi, depois de supostamente ter recebido voz de assalto. A dupla matou o taxista com golpes de faca nas costas e no pescoço.

“O nosso pedido é simples, queremos ser abordados”, disse Adilson Deneli, de 40 anos. Segundo o taxista, na profissão há 20 anos, nenhum táxi é parado pela polícia, e isso faz com que os bandidos aproveitem.

“Não temos como jul,gar um passageiro, não temos como saber se é um bandido ou um cidadão de bem. Nós precisamos trabalhar. Se fossemos abordados sempre que a polícia nos visse, os assaltos diminuiriam, porque aí encontrariam os bandidos”, explicou o taxista.

Neste domingo (18), a categoria dos taxistas fez uma passeata com cruzes e faixas pretas nos carros, simbolizando o luto. Os cerca de 50 taxistas se reuniram à tarde na Praça Eufrásio Correia e saíram em direção ao Cemitério Vertical do Tarumã, onde o corpo do taxista seria velado.

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