Guardas municipais de Curitiba fizeram um protesto ontem no Parque Barigui. Eles denunciam precarização das condições de trabalho e sucateamento dos equipamentos da corporação. Segundo o Sindicato dos Servidores da Guarda Municipal (Sigmuc), o ato reuniu servidores que não estavam na escala de trabalho e o atendimento à população não foi afetado. No último sábado, os guardas aprovaram um indicativo de greve a partir da próxima segunda-feira, se não houver acordo com a prefeitura.
O protesto aconteceu durante a audiência pública que apresentou o documento final da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016, com a presença do prefeito Gustavo Fruet (PDT).
O Sigmuc diz que faltam profissionais pra atender todas as demandas do município. Em junho, a prefeitura fez um concurso público pra chamar 400 novos guardas, mas as contratações ainda não foram efetivadas. A prefeitura diz que a contratação está em andamento, com a com a terceira fase (exame psicológico) sendo realizada. Os aprovados deverão ser incorporados a partir de janeiro.
Os guardas também criticam uma mudança na jornada de trabalho. Conforme o sindicato, esta nova mudança implantou um limite de plantões que pode gerar uma redução de R$ 400 a R$ 800 nos salários mensais dos profissionais. Hoje, um guarda no início da carreira recebe R$ 1.694 mais 50% como gratificação de risco.
Em nota, a prefeitura destacou que tem atendido a “reivindicações históricas dos guardas municipais”. Isso incluiria o sinal verde pra vigência do novo plano de cargos e salários. Segundo a prefeitura, o plano fez com que, em alguns casos, os ganhos salariais ultrapassassem 60%.