Quando trabalhava como guardador de carros e possivelmente na tentativa de evitar que algum automóvel sob sua guarda fosse roubado, Antônio Marcos de França, 31 anos, o “Conga”, levou duas facadas no peito, às 21h40 de domingo. Ele chegou a correr por alguns metros, em busca de socorro, saindo do estacionamento em frente ao Cemitério do Abranches, e morreu em frente a uma mercearia da Rua Mateus Leme. Vários colegas e familiares não se conformavam com o destino da vítima.
A ocorrência foi atendida pelos guardas municipais Frederico, De Souza e Sandro, que passavam pelo local. “Recolhemos uma faca no estacionamento, mas não se sabe se foi esta a arma que o matou”, disse o supervisor Frederico. A faca, com 15 cm de lâmina, foi entregue ao perito Carlos Henrique, da Polícia Científica, e passará por exames. Segundo relatado por uma guardadora de carros, um dos assassinos era baixo e gordo e o outro alto, magro e vestia uma jaqueta vemelha e preta. Eles fugiram a pé e não foram localizados.
Drama
Salete, a mulher de Antônio, contou que dissera várias vezes para o marido largar esse serviço, que estava a cada dia mais perigoso. “Outro dia, ele foi parar na delegacia porque alguém quebrou o vidro de um carro que ele cuidava”, lembrou. Depois disso, Antônio teria dito a ela que impediria qualquer um que tentasse roubar uma carro. Segundo ela, o dinheiro que Antônio conseguia era para alimentar o bebê, de um ano e meio, que os dois tinham.