Grupo Tigre acaba com rebelião

Depois de cinco horas de negociação, uma rebelião de presos da delegacia de Mandirituba foi controlada pela polícia. A revolta teve início às 9h de ontem após uma tentativa de fuga frustrada dos internos. Por volta das 14h, com a intervenção do Grupo Tático Integrado de Grupos de Repreesão Especial (Tigre), os rebeldes se renderam.

De acordo com o delegado Antônio Rocha, os presos aproveitaram a troca de turno dos policiais para iniciar uma fuga. ?Eles romperam as grades das celas e se apossaram da delegacia. Um guarda municipal, que estava no local, conseguiu escapar e, com a ajuda de um policial militar, impediu a saída dos presos?, explicou o delegado. Com a fuga impedida, alguns internos se rebelaram e passaram a fazer exigências, mantendo reféns três dos presidiários, um deles um adolescente de 16 anos.

Os rebelados usaram as armas que estavam na delegacia para ameaçar os reféns, enquanto negociavam com a polícia. Porém, segundo Antônio, as negociações tornaram-se inviáveis porque as exigências eram cada vez maiores. ?No início, eles queriam televisores, cigarros e acesso ao solário. Mas quando aceitamos as medidas, eles pediram a presença da imprensa, do promotor, do juiz, de alguém dos direitos humanos?, disse.

Após horas de negociação, o Grupo Tigre foi acionado para pôr fim à rebelião. Logo que o grupo chegou, às 13h45, a área em volta da delegacia foi isolada. Cinco minutos depois, após uma ameaça de invasão, os detentos se renderam e entregaram a armas. ?Eles sabem que o pessoal do Tigre é especialista nesse tipo de ação e se renderam de imediato?, afirmou o delegado.

A delegacia conta com 19 presos. O delegado informou que oito desses presos foram condenados e já deveriam ter sido transferidos. Após a rebelião, os presos retornaram às suas celas onde permanecerão até que a transferência dos oito condenados seja concretizada.

Adolescente

Um dos reféns dos rebelados era um adolescente de 16 anos, transferido à delegacia na sexta-feira. Ele participou do tiroteio em frente a uma escola em Fazenda Rio Grande. Segundo o delegado, o adolescente estava apreendido até que fosse encontrado outro local. ?Ele foi detido em Fazenda Rio Grande, mas como lá havia um desafeto dele, o transferimos para cá por questão de segurança, mas acabou virando refém dos presos?, concluiu Antônio. 

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