O secretário estadual da Segurança Pública, Reinaldo de Almeida Cesar, anunciou durante a Conferência Nacional de Fronteiras, realizada em Foz do Iguaçu na quinta-feira (24), que a cidade terá um núcleo de inteligência exclusivo para a região.

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O sistema local de segurança também será reforçado com uma agência da Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape), que cuida do georreferenciamento e estatísticas oficiais da criminalidade.

As novas ferramentas vão auxiliar os trabalhos do Batalhão de Polícia de Fronteira (BPFron), que atua em toda a região e completa um mês de atividades neste sábado (25).

Foz do Iguaçu já conta com o Gabinete de Gestão Integrada (GGI) que, desde sua criação, em abril do ano passado, tem desempenhado importante papel em relação à união de forças policiais nas regiões fronteiriças.

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Segundo Almeida César, o GGI é um espaço para planejamentos táticos que busquem a interação com as polícias do Paraguai e da Argentina, para uma atuação conjunta no combate à criminalidade.

Durante palestra, o secretário expôs os desafios do trabalho do GGI. O Paraná possui 139 municípios na faixa de fronteira, com 447 quilômetros de extensão, além do lago de Itaipu, que possui na margem brasileira 1,4 mil quilômetros, abrangendo 16 cidades.

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Os principais crimes cometidos na região de fronteira são tráfico de drogas, tráfico internacional de armas, explosivos e munições, contrabando, exportação ilegal, roubo e furto de veículos, imigração ilegal de pessoas, crimes ambientais e desmatamento.

O secretário da Segurança Pública ressaltou que com uma ação integrada foi possível para realizar grandes operações com instituições como o Exército Brasileiro, polícias federal, militar e civil, Receita Estadual e Federal. Foram realizadas na região as operações Fronteira Sul, Fronteira Oeste, Ágata, Divisa Sul, Divisa Norte, Rodoviária, Fronteira e Paraná Seguro.

GGI

O Gabinete de Gestão Integrada de Fronteira foi criado pelo decreto número 1.192, de 28 de abril de 2011. O Estado do Paraná criou e regulamentou o seu funcionamento, reorganizando todas as forças de segurança pública na região, além de estabelecer o comando de operações de fronteira, bases fixas ao longo da fronteira paranaense com o Paraguai e a Argentina, com reforço policial nas divisas estaduais com Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.

Evento

A Conferência Nacional de Fronteiras reuniu as instituições que fazem parte do Plano Estratégico de Fronteiras para debater os principais programas lançados pelos órgãos governamentais.

Entre os temas destacaram-se os desafios a serem enfrentados, o trabalho colaborativo de cada órgão de segurança, as propostas para continuidade e a inovação e modernização tecnológica. O evento proporcionou também um ambiente para networking e negócios, aproximando a indústria e os principais influenciadores e tomadores de decisão.