Seis indivíduos fortemente armados invadiram uma chácara na Rua Germano Aleixo, Vila Torres, II, bairro Ferraria, em Campo Largo, às 6h de sábado e executaram dois homens, com um tiro na nuca de cada um, de escopeta calibre 12. Depois incendiaram a moradia. O grupo deixou o local 40 minutos mais tarde, em um táxi.
Os corpos das vítimas ficaram carbonizados e irreconhecíveis, mas, segundo moradores da região, um dos homens é Clair da Silva, de 22 anos, conhecido como “Véio” e o outro era chamado pelo apelido de “De Menor”. Os corpos foram recolhidos ao Instituo Médico Legal, onde deverão ser submetidos a exames para identificação oficial.
Tiros
Moradores informaram à polícia que dois homens compraram uma pequena chácara no bairro há pouco tempo. No início da madrugada domingo, dia 24 de agosto, cerca de 30 homens chegaram em vários carros, entre eles um táxi, e pararam os veículos na entrada da vila. Depois se reuniram em frente a um bar, todos portando armas de grosso calibre. Os moradores imaginaram que eles iriam fazer um assalto, talvez contra o estabelecimento. De repente um deles apontou a arma para cima e atirou. Seria o sinal para que invadissem a chácara.
Na seqüência entraram na pequena chácara atirando. Moradores garantem que foram mais de 100 disparos que não atingiram ninguém por sorte. O alvo seriam os donos da chácara, que conseguiram escapar. Depois disso os proprietários contrataram dois rapazes para cuidar do lugar.
No sábado, o frio não impediu o retorno dos marginais, que desta vez deixaram rastros de sangue, matando os rapazes com requintes de crueldade, e ainda colocaram fogo nas duas casas da chácara.
Morte
O investigador Alberto, da Delegacia de Campo Largo, esteve no local e apurou que os donos da chácaram residem na Vila Barigui, em Curitiba. De acordo com comentários, um deles teria assassinado o irmão de um dos atiradores, e esse teria prometido vingança”, informou o policial.”Vamos aguardar a identificação oficial das vítimas para obter maiores detalhes”, disse.
O policial comentou que também está identificando as pessoas que estavam na casa, no domingo em que ocorreu o primeiro atentado, e conseguiram fugir. Elas podem dar pistas à polícia para elucidar o caso. Até o início da tarde de ontem, as vítimas continuavam sem identificação no Instituto Médico Legal (IML).
