Criado oficialmente em outubro do ano passado, no fim do mandato de Orlando Pessuti (PMDB), o Grupamento Aeropolicial Resgate Aéreo (Graer) – unidade especializada da Polícia Militar – já foi alvo de polêmicas. Mas durante as chuvas de março que provocaram destruição no litoral, o grupamento se mostrou mais que necessário e preparado para ações de resgate.

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O grupamento conta com três helicópteros, com base no aeroporto do Bacacheri. O grupo pode atender a qualquer chamado policial ou de resgate em raio de 100 quilômetros em até 20 minutos. “Com tempo bom em até oito minutos chega-se a qualquer município da Região Metropolitana de Curitiba”, afirma o major Sérgio Augusto Ramos, piloto comandante do Graer.

Ações

Os policiais que compõem a equipe são treinados para todos os tipos de ações, desde resgate de feridos a acompanhamento de veículos em fuga. Um projeto da equipe é ampliar o grupamento que conta com 16 policiais, nove pilotos e sete tripulantes. “Queremos formar pilotos para o grupamento a partir de 2012”, revela Ramos.

O tempo para a formação de um piloto de helicóptero hoje é de três a quatro anos. Porém, a Policia Militar planeja criar uma escola militar para a formação de tripulantes do Graer, o que reduziria o tempo e o custo de formação.

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Falta estrutura

O carro-chefe das ações do grupo são os resgates de feridos, mas existe um problema, segundo as informações do Graer, somente dois hospitais estão a pouso de aeronave: o Hospital do Trabalhador e o Hospital Angelina Caron. Outro problema é a falta de um médico fixo na escala do grupamento. Hoje, as remoções de pessoas acidentadas são feitas com o médico da ambulância que prestou o atendimento inicial.

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Além da locomoção de pacientes, o grupo pode ainda dar suporte a Operações Policiais. “Uma aeronave corresponde a 35 viaturas, fora o fator tempo de deslocamento”, revela Ramos.

Modernização

As aeronaves estão em prontidão 24 horas por dia, no entanto suas operações estão restritas as condições do tempo. Situação que deve mudar em breve com a aquisição de outra aeronave mais moderna e mais potente e equipamentos, como o mageador térmico permite fazer imagens noturnas e o zoom da câmera pode ser usado para identificar um suspeito. “É uma aeronave biturbina, e será adquirida em um convênio com o Ministério da Justiça para a Copa do Mundo e ações na fronteira”, comenta o comandante. Há ainda uma proposta sendo discutida no governo da criação de outras bases para o Graer no interior do Estado, em especial na região oeste.