As entidades representativas das polícias Civil e Militar alegam que querem que o governador cumpra pelo menos 50% da tabela de salários que já haviam passado anteriormente. A Polícia Civil optou pela paralisação. Domingo, os policiais civis vão começar a atuar com somente 30% do efetivo, cerca de 1.200 policiais, dos 4 mil lotados em todo o Paraná. A categoria decidiu começar a greve 72h depois da assembleia e não 48h, como foi definido previamente na ocasião.
Com isto, os policiais civis iniciam o que chamam Operação Padrão, e vão cumprir estritamente as funções previstas no Estatuto da Polícia Civil. Os policiais deixarão de cuidar dos cerca de 12 mil presos condenados que cumprem pena nas delegacias, deixando de fornecer alimentação, fazer transporte de presos, nem aceitarão nas delegacias os presos em regime semi-aberto, que passam o dia fora e voltam à noite para dormir na carceragem.
Sem extra
Os policiais também cumprirão estritamente as 40 horas de serviço semanais e não farão extras. “O governador já foi comunicado e terá que providenciar profissionais para isto”, informou o Sindicato das Classes Policiais Civis (Sinclapol).
Os policiais também não vão fazer nenhum serviço ou operação sem que o delegado assine ordens de serviço. No site do Sinclapol, seu presidente, André Gutierrez, publicou a cartilha da Operação Padrão. O Sinclapol prevê entregar cartilhas à população, que explicam o porquê da greve e as reivindicações dos policiais.
O atendimento nas delegacias deverá ficar lento, com fila de pessoas esperando para fazer boletim de ocorrência. Toda a documentação, incluindo guias de necropsia, só poderão sair da delegacia depois de verificadas e assinadas pelo delegado. Investigações poderão ser deixadas de lado.
Militar
O coronel Eliseu Furquim, do Fórum das Entidades dos Policiais e Bombeiros Militares, alega que uma greve traz muito transtorno à população e será deixada como último recurso. Furquim não descarta que, a partir de Quarta-Feira de Cinzas, os policiais iniciem manifestações, além da redução, ou até paralisação, de alguns serviços.