Ângela de Fátima Miciano, 28 anos, grávida de dois meses e mãe de 3 filhos, foi executada com dez tiros de pistolas 380, nove milímetros e ponto 40, na noite de quinta-feira, em frente a sua casa na invasão Icaraí, Uberaba. Os autores, que seriam dois, fugiram e, até a tarde de ontem, não haviam sido identificados pela polícia, que acredita que o crime tenha sido motivado pelo tráfico de drogas.
Segundo Terezinha de Jesus Miciano, mãe da vítima, o crime aconteceu por volta de 21h. Ângela estava com seus filhos, quando alguém a chamou pelo nome do lado de fora da moradia. Enquanto o garoto mais velho, de 12 anos, ficou cuidando dos irmãos, Ângela foi ver quem era e foi crivada de balas. ?Não sei como não fizeram nada com as crianças?, disse Terezinha, em desespero. Depois do crime, era possível ouvir, na vila, vários fogos de artifícios, indicando possível comemoração de traficantes.
Investigação
Terezinha afirmou que Ângela era vendedora de roupas e tinha viagem marcada para Santa Catarina.
?Ela iria comprar roupas para o bebê e buscar outras encomendas?, disse a mulher.
Segundo o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios (DH), a gravidez só será confirmada depois de exames complementares. Terezinha contou ainda que o marido de Ângela, um rapaz chamado Agnaldo, estaria preso há mais de cinco anos, por roubo. ?No dia dos pais, ela levou os filhos para vê-lo?, contou a mulher.
?Não houve testemunhas. Foi o filho mais velho que encontrou o corpo da mãe, logo após ouvir os disparos. Ele viu dois homens encapuzados correndo. Porém, é o relato de uma criança, que estava ainda muito abalada?, comentou o delegado Jaime da Luz, da Delegacia de Homicídios.
Família
Ele informou que Ângela já tinha antecedentes por tráfico de drogas e porte de arma, o que reforça a hipótese de que o crime possa estar relacionado com o tráfico. Ainda, de acordo com o policial, o pai da vítima responde a nove processos criminais, alguns por tráfico de drogas.
Os policiais apuraram ainda que Terezinha também conta com antecedentes criminais. Jaime disse que, nos próximos dias, deverá ouvir amigos, vizinhos e familiares da vítima para apurar detalhes do que aconteceu.
